Nesta quinta-feira (14), a Marinha dos Estados Unidos (EUA) anunciou que os militares que recusarem a vacina contra Covid-19 serão expulsos de suas fileiras a partir do dia 28 de novembro.
“Agora que a vacinação contra a covid-19 é obrigatória para todos os militares, a Marinha anunciou planos para começar a dispensar os que recusarem a vacina sem uma isenção pendente ou aprovada”, informou a instituição em comunicado.
Apesar da obrigatoriedade da vacinação ter começado a valer no final de agosto deste ano, os membros das Forças Armadas estavam evitando responder questionamentos sobre o que poderia ocorrer com militares que recusassem o imunizante contra Covid-19.
Segundo a Marinha, cerca de 98% dos 350.000 membros da ativa já começaram ou concluíram o esquema vacinal.
Já nas Forças Armadas de modo geral, que reúne Marinha, Exército e Aeronáutica, o índice de vacinados com ao menos uma dose cai para 96,7%, de acordo com o porta-voz do Pentágono, John Kirby. Ao levar em conta também os membros da reserva, a cifra cai ainda mais, para 80%.
Caso Exército e Aeronáutica adotem a mesma medida que a Marinha, cerca de 46 mil militares podem ser afastados. A tendência, entretanto, é que o número de vacinados nas Forças Armadas aumente antes da date limite.
Militares da Marinha dos EUA expulsos por recusar vacina podem perder benefícios
Desde o começo da pandemia, a Marinha registrou 164 mortes por Covid-19, segundo o vice-almirante John Nowell, chefe de pessoal da corporação.
Os militares que forem expulsos por recusarem a vacina contra Covd-19 serão dispensados com honras, mas devem perder alguns benefícios ou serem obrigados a ressarcir financeiramente os gastos com educação e treinamento recebidos da Marinha, de acordo com o documento divulgado ontem.
Por ter grandes contingentes de militares em navios e submarinos, a Marinha é mais sensível à pandemia de Covid-19 que o Exército e a Aeronáutica, pois um único caso pode se espalhar rapidamente e deixar grandes grupos fora de serviço.