Segundo informação dada hoje (19) pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o número de internações de menores de 18 anos com Covid-19 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) subiu 61% no estado entre os meses de dezembro e janeiro.
De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, as hospitalizações pediátricas em leitos de alta complexidade foram de 109, registradas em 15 de novembro de 2021, para 171 contabilizadas no dia 10 de janeiro, cerca de uma semana antes do início da vacinação infantil contra Covid-19.
“Uma população não vacinada, mais vulnerável, portanto aqueles menores de 17 anos, tem tido uma elevação significativa, em mais de 61%.. Em dois meses, tivemos um número que saltou de 106 pacientes internados em UTI, graves, para 171”, afirmou o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
A alta de internações em leitos de UTI acompanha o aumento geral no número de novos casos de Covid-19 no estado. Com isso, a ocupação da UTI voltou a passar de 50%.
Até ontem (18), o índice de ocupação de leitos de UTI no estado era de 54%, enquanto na Grade São Paulo o percentual chegava a 60%. Por outro lado, Gorinchteyn ponderou que o número total de leitos disponíveis hoje é muito menor que os do pico da pandemia.
“É muito importante lembrarmos que, a despeito desses números percentuais, quando olhamos o número absoluto, vemos que os internados em UTIs são 2.842. No pico da primeira onda, tivemos 6,5 mil. No pico da segunda onda, só nas UTIs, tivemos 13,1 mil pessoas internados. Portanto, é um número bem menor”, disse o secretário.
Doria critica Ministério da Saúde sobre vacinação infantil contra Covid-19
“Os dados evidenciam a necessidade de acelerarmos a vacinação infantil. Aliás, poderíamos tê-la iniciado mais cedo, se não fosse o Ministério da Saúde”, afirmou Doria, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O uso da vacina pediátrica da Pfizer contra Covid-19 foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 16 de dezembro. No entanto, ao invés de iniciar os trâmites da campanha imediatamente, o Ministério da Saúde optou por abrir uma consulta coletiva sobre o tema, o que atrasou o início da vacinação infantil no país.