Após ficar internada com Covid-19 por mais de um mês em um hospital Portland, nos Estados Unidos, a idosa norte-americana Bettina Lerman, de 69 anos, acordou do coma e surpreendeu os médicos que já haviam informado à família que ela não despertaria mais.
Depois de receberem a informação de que Bettina era considerada um caso perdido pelos médicos, a família dela decidiu desligar os aparelhos que a mantinham viva e seu filho chegou até mesmo a comprar um caixão para enterrá-la. No dia em que os aparelhos seriam desligados, ela acordou.
O funeral já estava planejado pela família, que havia selecionado o caixão, a lápide e os arranjos de flores para o evento. Foi então que o filho da idosa, Andrew Lerman, em meio aos preparativos para o funeral da mãe, recebeu uma ligação do hospital informando que Bettina havia acordado do coma.
“Ele (o médico) disse: ‘Bom, eu preciso que você venha aqui imediatamente. Então, eu disse: ‘Ok, o que há de errado’. Ele respondeu: Bom, não há nada de errado. A sua mãe acordou”, afirmou Andrew em entrevista à CNN. Ao receber a notícia, no final do mês de outubro, ele não segurou a emoção e lembra que derrubou o telefone no chão. Bettina segue em estado delicado, mas agora está consciente.
Idosa não se vacinou contra a Covid-19
De acordo com Andrew, sua mãe tem uma série de problemas de saúde que podem complicar o prognóstico da Covid-19, como diabetes e problemas cardiovasculares. Antes de ser infectada pelo novo coronavírus, Bettina sofreu um ataque cardíaco e passou por uma cirurgia de ponte de safena.
Apesar de apresentar comorbidades e ter idade avançada, a idosa não se vacinou contra a Covid-19, mas planejava se imunizar na época que contraiu a doença. Residente do estado da Flórida, ela faz visitas frequentes a Portland, onde está internada, para cuidar do pai de Andrew, que tem câncer em estágio avançado.
Assim como a mãe, Andrew não se vacinou contra a Covid-19 e acabou sendo contaminado. O mesmo ocorreu com sua esposa e seu pai. Depois de ver a situação de Bettina, ele diz que repensou a decisão de não se imunizar. “Mudo minha perspectiva, porque se pegarmos covid de novo, talvez não seja tão ruim como agora”, comentou em entrevista ao jornal Washington Post.