O Exército brasileiro lançou uma nova diretriz proibindo militares de compartilharem fake news sobre a pandemia de Covid-19 nas redes sociais. A orientação também diz que os militares devem orientar seus familiares e demais pessoas que convivem sobre a conduta a ser adotada.
A diretriz foi assinada pelo general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do Exército indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que por diversas vezes compartilhou notícias falsas sobre a pandemia de Covid-19.
O documento diz que o objetivo da nova ordem é “preservar a capacidade operativa da Força Terrestre” e a saúde dos integrantes do Exército.
De acordo com o texto, “não deverá haver difusão de mensagens em redes sociais sem confirmação da fonte e da veracidade da informação. Além disso, os militares deverão orientar os seus familiares e outras pessoas que compartilham do seu convívio para que tenham a mesma conduta”.
O documento ainda diz que somente militares e servidores vacinados podem retomar as atividades presenciais, respeitando o período de 15 dias após completado o esquema vacinal com duas doses ou com a dose única.
“Avaliar o retorno às atividades presenciais dos militares e dos servidores, desde que respeitado o período de 15 (quinze) dias após imunização contra a COVID-19 (uma ou duas doses, dependendo do imunizante adotado). Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP, para adoção de procedimentos específicos”, diz o texto.
Capitão reformado do Exército, o presidente Jair Bolsonaro (PL), se ainda estivesse na ativa, não poderia voltar às atividades presenciais, pois afirma que não tomou a vacina. Além disso, o mandatário poderia sofrer sanções por compartilhar fake news sobre a pandemia, como quando recomendou o uso de medicamentos sem eficácia comprovada ou quando disse que quem tomasse a vacina da Pfizer poderia “virar jacaré”.
Assinado e veiculado no dia 3 de janeiro deste ano, o documento foi disponibilizado ao portal UOL pelo Exército Brasileiro.