São Paulo terá um novo hospital de campanha. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pelo governo do estado. De acordo com as informações, a unidade comportará 180 leitos, sendo 50 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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Segundo o governador do estado, João Doria (PSDB), a expectativa é a de que a unidade seja inaugurada no dia 31 de março. Hoje, São Paulo tem quatro hospitais de campanha para comportar pacientes com Covid-19 em funcionamento. Até o final do mês a região deverá somar mais 12 novas unidades, revelou Doria.
Chamada de Hospital de Campanha Metropolitano, a unidade será instalada em um prédio na região da Santa Cecília. O imóvel é de propriedade particular e foi cedido ao estado. De acordo com Doria, nos próximos dias, sua gestão estadual irá selecionar a Organização Social que ficará responsável pelo gerenciamento da unidade.
Ainda conforme ele, serão investidos R$ 12 milhões por mês para custeio do hospital, sendo que, no total, cerca de 900 profissionais deverão atuar na unidade: 150 médicos, além de enfermeiros, técnicos e funcionários administrativos.
Hospital de campanha no interior
Vale a pena lembrar que, na última semana, o governo havia anunciado a abertura de 11 novos hospitais de campanha. Essas unidades funcionarão junto aos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) em nove cidades do interior e a hospitais na capital paulista e na cidade de Fernandópolis.
Na ocasião, a gestão Doria também anunciou a criação de 338 novos leitos para pacientes com Covid-19. Toda essa articulação tem como intuito ampliar a rede de saúde a fim de evitar o colapso do sistema de saúde. Todavia, os especialistas revelam que não será possível liberar o número de leitos compatível com a demanda.
Mortes na fila de espera
A prova de que o aumento de leitos não tem acompanhado a alta na demanda acontece quando se olha os dados da Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com a pasta, até domingo (14), o estado registrava ao menos 60 mortes na fila de espera por uma vaga em UTI.
A partir desta segunda (15), o estado entrou na fase emergencial do plano de flexibilização econômica. Com a medida, o governo tenta aumentar o isolamento social e reduzir a transmissão do vírus.
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