De acordo com o governo de São Paulo, 86% dos municípios do estado não registraram mortes por Covid-19 em uma semana. O percentual corresponde a 553 cidades sem óbitos pela doença, fato celebrado pelo governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira.
Na avaliação de João Doria, a vacinação é o principal fator para São Paulo registrar tendência de queda no número de casos, hospitalizações e mortes por Covid-19.
“É mais um indicador claro e indiscutível sobre o esforço de vacinação no estado. São Paulo comprou mais vacinas, acreditou nas vacinas e entendeu desde o início que as vacinas salvariam as pessoas e a economia – e nós acertamos”, declarou o governador João Doria (PSDB-SP).
Nesta quarta, o estado de São Paulo foi o primeiro a ultrapassar a meta de 90% da população adulta completamente vacinada. Ao levar em conta a população total, o percentual de imunizados cai para 71%.
“O resultado concreto deste esforço coletivo, que tornou São Paulo referência mundial em vacinação, foi a queda de 93% das mortes por Covid-19 entre abril e novembro de 2021 e a redução de 10 vezes no número de internados pela doença, passando de 31 mil no pico da segunda onda em abril deste ano para menos de 3 mil agora em novembro”, completou.
Cidade de São Paulo não teve segunda-feira sem mortes por Covid-19
Na última segunda-feira, o governo havia anunciado que teve o primeiro dia sem mortes por Covid-19 desde o começo da pandemia. Na manhã de hoje (10), a prefeitura da capital paulista disse que teve cinco mortes na segunda-feira. A divergência entre os dados do estado e da capital ocorrem pelo modo como cada governo registra as ocorrências.
“O sistema que a Secretaria de Saúde utiliza é o sistema oficial, aquele vai para o Ministério da Saúde. Todos os municípios informam diariamente o número de óbitos e isso é consolidado pela secretaria”, disse João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico.
“É possível que haja alguma divergência por causa dos critérios. Tem município que faz a notificação pelo dia do óbito, mas nós, desde o início da pandemia, usamos o critério do dia da notificação. Essa é a única explicação por alguma eventual divergência”, acrescentou.
Também presente na coletiva, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), confirmou a ponderação feita pelo governo estadual.
“São sistemas diferentes de trabalho. O estado é por notificação, mas na prefeitura fazemos por registro de ocorrência. No dia 8, eles não tinham notificação. E, depois, entrou pela prefeitura o registro da ocorrência”, disse Nunes, que afirmou que a diferença nos dados é “insignificante”.