De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde publicado na segunda-feira (11) com dados computados até 26 de setembro, o Brasil tem mais de 16 milhões de pessoas com a segunda dose da vacina contra Covid-19 em atraso. Por outro lado, hoje (14) o país ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas totalmente imunizadas.
“Observou-se que pelo menos 16 milhões de pessoas que já deveriam ter completado o seu esquema vacinal continuam com registro de apenas a D1, portanto considerados faltosos”, diz o boletim do Ministério da Saúde.
No boletim da pasta divulgado em agosto, o número de faltosos era de 5,5 milhões de pessoas, o que representa um salto de 247% no boletim de outubro. Segundo especialistas, isso representa um risco, pois é necessário completar o ciclo vacinal para completar a imunização contra a doença.
Das 16 milhões de pessoas com a segunda dose da vacina em atraso, 8,9 milhões (54%) tomaram o imunizante da AstraZeneca, 4,7 milhões (29%) tomaram a CoronaVac e 2,7 milhões (17%) tomaram Pfizer.
Saúde pede ajuda aos estados para vacinar quem tem 2ª dose em atraso
Para resolver a questão das doses em atraso, o Ministério da Saúde requer ajuda dos estados e municípios.
“Os esquemas vacinais em atraso requerem desencadear ações junto a estados e municípios para identificar problemas relacionados ao atraso nesses registros e/ou estratégias mais efetivas para a busca ativa dos faltosos, se for o caso, ou acelerar o processo de digitação e transmissão dos dados.”, diz a pasta.
Na avaliação de Melissa Palmieri, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações em São Paulo, as autoridades precisam se esforçar para vacinar a população brasileira com a segunda dose em atraso.
“Precisamos acelerar a vacinação para que esse percentual de eficácia desejada seja alcançado o mais rápido possível”, disse Melissa ao portal UOL.
Para vacinar as pessoas com a segunda dose em atraso, São Paulo irá promover o segundo “Dia V da vacina” neste sábado (16), com 5 mil postos abertos das 7h às 19h em todo o estado. O governo paulista calcula que 4,1 milhões estão com a segunda dose em atraso.