Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5), o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou que o país considera aplicar a dose de reforço da vacina contra Covid-19 em toda a população elegível. A dose extra seria aplicada seis meses após a segunda dose.
“Isto deveria se tornar a norma, não a exceção”, disse Spahn ao falar sobre a dose de reforço, também defendida por ministros da Saúde regionais.
Por conta de uma nova onda de casos de Covid-19, as hospitalizações pela doença voltaram a subir, obrigando o país a realocar alguns pacientes de regiões com hospitais sobrecarregados, de acordo com Spahn, que pediu para os cidadãos alemães se vacinarem e não abandonarem as medidas de proteção contra o novo coronavírus, como o uso de máscaras e o distanciamento social.
“Qualquer um que pense que é jovem e invulnerável deveria conversar com funcionários de tratamento intensivo”, disse o ministro da Saúde.
Nova onda de Covid-19 pode terminar em lockdown na Alemanha
O novo aumento de casos de Covid-19 fez com que líderes de dois estados da Alemanha afirmassem hoje que um novo lockdown pode ser necessário para frear o avanço do novo coronavírus.
“Se demorarmos muito agora, isso terminará em um lockdown, como no ano passado”, disse Michael Kretschmer, líder da Saxônia, estado do leste da Alemanha, à rádio Deutschlandfunk.
Bodo Ramelow, premiê da Turíngia, estado no centro-leste alemão, ressaltou que é questão de tempo até não restarem mais leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) disponíveis nos hospitais.
De acordo com dados da Divi (Associação de Medicina Intensiva e de Emergência), ontem (4) havia 2.503 leitos de UTI livres em todo o país, um número consideravelmente menor que os 3.100 leitos disponíveis registrados no começo de outubro.
Nesta sexta (5), a Alemanha registrou 37.120 novos casos de Covid-19, sendo o segundo dia consecutivo em que o país bateu o recorde de casos diários contabilizados desde o começo da pandemia em março de 2020.