Copom eleva juro básico da economia para maior nível desde 2017

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (16) o nono aumento consecutivo da taxa Selic. A saber, a taxa corresponde ao juro básico da economia brasileira. Com a elevação de 1,0 ponto percentual (p.p.), a Selic passou de 10,75% para 11,75% ao ano.

Esse é o maior patamar dos juros básicos no país desde abril de 2017, época em que a taxa estava em 12,25% ao ano. Inclusive, todas estas elevações da Selic têm o objetivo de controlar os avanços da inflação no país.

A decisão veio em linha com as expectativas dos analistas. Na verdade, o Copom passou a aumentar o aperto monetário nas últimas reuniões devido à inflação que tende a se manter firme no país. Aliás, as expectativas para o futuro são mais pessimistas que o esperado devido à guerra na Ucrânia e aos impactos globais dos conflitos no leste europeu.

Vale destacar que analistas de mais de cem instituições financeiras, ouvidos pelo Banco Central, acreditam que a Selic encerrará o ano ainda mais elevada do que está atualmente. Em suma, o mercado financeiro acredita que o juro básico da economia chegará a 12,75% ao ano no final de 2022.

Veja como a alta da Selic impacta a sua vida

pandemia da Covid-19 afundou a economia global em 2020, incluindo a brasileira. Por isso, o Copom decidiu reduzir a Selic no decorrer do ano. Assim, a taxa caiu para 2,0% ao ano em agosto de 2020, e se manteve assim até março de 2021.

Contudo, a crise sanitária afetou a cadeia produtiva global de diversos setores, o que fez os preços dos produtos dispararem em 2021. E a forte demanda impulsionou ainda mais a inflação no ano passado. Isso fez o Copom elevar repetidas vezes a Selic em 2021 e, agora, em 2022, o comitê segue o mesmo caminho.

Esse cenário impacta a vida do consumidor no Brasil, pois o maior objetivo do BC é segurar a inflação do país. E a Selic é o principal instrumento da entidade financeira para conter a alta dos preços dos produtos.

A Selic mais alta impulsiona os juros praticados no Brasil, reduzindo o poder de compra do consumidor e desaquecendo a economia. Dessa forma, reduz a “inflação por demanda”, uma vez que o aumento dos juros atinge diversos setores, como o bancário e o imobiliário. Por isso, as pessoas tendem a comprar menos, pois o crédito fica menos acessível.

Leia Mais: CNC divulga novas projeções para o setor de serviços em 2022

Ruan Samarone

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