Contas externas do Brasil têm rombo de US$ 6,975 bilhões no semestre

As contas externas do Brasil tiveram um superávit de US$ 2,791 bilhões em junho. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Banco Central (BC), o resultado conseguiu reduzir o rombo das contas no semestre, mas ficou 8,67% menor do que o superávit observado em junho de 2020, de US$ 3,056 bilhões.

Em resumo, as contas externas refletem o resultado das transações correntes. Nesse caso, entram na equação a balança comercial, os serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e as rendas (remessas de juros, bem como lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

A saber, superávit é registrado quando o saldo destas transações fica positivo, com mais entrada de recursos do que saída. Contudo, quando acontece o contrário, registra-se déficit das contas externas. E, em junho, apesar do recuo na comparação anual, o resultado foi bastante expressivo.

De acordo com o BC, o superávit de US$ 7,3 bilhões da balança comercial brasileira em junho impulsionou as contas externas no mês. Em suma, a balança comercial tem superávit quando as exportações superam as importações. Nesse caso, as exportações totalizaram US$ 29,1 bilhões, enquanto as importações atingiram US$21,8 bilhões.

Contas acumulam rombo de quase US$ 7 bilhões no ano

Apesar do superávit em junho, as contas externas acumularam rombo expressivo no semestre. Em números absolutos, o déficit totalizou US$ 6,975 bilhões nos seis primeiros meses de 2021. Isso representa uma queda de 47,4% do rombo em relação ao primeiro semestre de 2020 (US$ 13,261 bilhões). À época, o mundo começava a enfrentar a pandemia da Covid-19, que elevou exponencialmente os gastos do país.

O bom saldo comercial registrado no primeiro semestre deste ano conseguiu abrandar o forte resultado negativo das contas externas. Nestes meses, houve uma redução do déficit dos serviços. Ao mesmo tempo, também há redução nas remessas de lucros e dividendos para o exterior.

Por fim, o BC mantém expectativas de melhora das contas externas do Brasil em 2021. Com o dólar mais caro, as exportações continuam mais rentáveis, enquanto as compras seguem mais caras. Resta esperar para ver se as projeções se confirmarão.

Leia Mais: Lucro da CSN recua 3% no segundo trimestre, para R$ 5,5 bilhões

Ruan Samarone

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