Consignado do Auxílio Brasil: Caixa trabalha para normalizar pedidos

A Caixa Econômica Federal informou que a procura pelo consignado do Auxílio Brasil segue muito elevada. Por isso, o banco vem trabalhando para normalizar todos os processos envolvendo a operação.

Desde a sua entrada em vigor no país, há duas semanas, a busca pelo crédito consignado continua expressiva. Na semana passada, a Caixa revelou que teve recorde de acessos sobre o empréstimo do Auxílio Brasil.

Toda essa procura acabou provocando problemas no sistema de repasses. Isso fez diversos usuários não receberem o valor solicitado na data exata. Contudo, a Caixa vem trabalhando para evitar estas frustrações.

“Tivemos um excesso de demanda em termos de procura”, disse o vice-presidente de rede de varejo do banco, Julio Volpp. A saber, as regras do consignado indicam que os usuários deverão receber o saldo solicitado em até dois dias úteis depois da solicitação.

Embora essa seja uma regra, os usuários do Auxílio Brasil que solicitaram o crédito pela Caixa Econômica estão esperando muito mais que dois dias. De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo,  a espera para algumas pessoas supera 15 dias.

“Nós estamos processando os pedidos e trabalhando para normalizar”, afirmou Volpp. Segundo ele, a busca pelo crédito consignado cresceu mais de 10 vezes após a liberação da operação há duas semanas.

Leia também: “Não queremos estimular o endividamento”, diz Caixa sobre consignado

Juros praticados pelo banco superam média do mercado

Embora a busca esteja bastante elevada, os usuários do Auxílio Brasil devem ficar atentos aos juros cobrados pelo consignado da Caixa. A saber, um levantamento realizado pelo portal de notícias g1 revelou que os juros médios do consignado superam as taxas de diversas modalidade de empréstimo pessoal no país.

Em síntese, o governo federal definiu em 3,5% ao mês o limite da taxa de juros do consignado do Auxílio Brasil. Isso quer dizer que as instituições financeiras que oferecem o serviço não podem ofertar taxas de juros superiores a 3,5% por mês.

No caso da Caixa, a taxa máxima do consignado ofertado é de 3,45% ao mês. Aliás, o levantamento considerou essa taxa porque a Caixa não explica se existe análise de crédito individual para reduzir os juros mensais.

Em um exemplo prático, um usuário do Auxílio Brasil que contratar R$ 2 mil na Caixa Econômica pagará R$ 2.973,36 ao final de dois anos. Em outras palavras, a pessoa terá que pagar R$ 973,26 de juros.

Caso as taxas do consignado do Auxílio Brasil fossem equivalentes à média de todos os consignados pessoais disponíveis no mercado em agosto, os juros sairiam por quase metade do valor.

Em resumo, a taxa foi de 1,88% ao mês, o que geraria o pagamento de juros de R$ 503,44, ou seja, quase metade do que seria pago pelos usuários do Auxílio Brasil

Veja ainda: Auxílio Brasil: Goiás tem o maior percentual de mulher usuária em outubro