Consignado Auxílio Brasil: bancos NÃO podem cobrar taxas

O crédito consignado do Auxílio Brasil está em vigor no país há mais de um mês e meio. Apesar do pouco tempo, o alto número de contratos celebrados evidencia o sucesso da modalidade e confirma que os beneficiários do programa social estão aproveitando a operação para contratarem crédito junto aos bancos.

De acordo com dados das instituições financeiras que estão ofertando o consignado, o número de contratos com usuários do Auxílio Brasil é bastante elevado. No entanto, as pessoas devem ficar atentas para não pagarem taxas indevidas na operação.

A saber, os bancos não podem cobrar qualquer taxa de adesão ao consignado. Aliás, os usuários devem identificar as instituições financeiras que cobrarem taxa administrativa ou de abertura de crédito a quem aderir ao empréstimo. Em seguida, eles deverão fazerem reclamações sobre a conduta destas instituições.

De acordo com o presidente Jair Bolsonaro (PL), a modalidade chegou aos beneficiários do Auxílio Brasil para ajudá-los a se livrarem de dívidas maiores. Contudo, o próprio Bolsonaro disse que “o ideal é não pegar empréstimo, mas tem gente que precisa pegar pra saldar outras dívidas, pra pagar um juros menor”.

Vale destacar que muitas entidades criticaram a modalidade devido aos juros elevados. Além disso, a operação promove descontos diretamente em folha, mas as taxas atuais de endividamento e inadimplência dos brasileiros mostram que o consignado pode aumentar essas o número de endividados do país.

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Veja as desvantagens do consignado

Em resumo, o crédito consignado possui três grandes desvantagens para os usuários. Veja abaixo quais são:

Dívida a longo prazo;
Impossibilidade de adiamento;
Risco de perda do benefício.

Como o pagamento dos empréstimos costuma durar muitos meses, esse longo prazo pode virar uma verdadeira desvantagem para as pessoas. Isso porque ninguém está imune a imprevistos, e, caso algo dessa natureza aconteça, o crédito consignado irá figurar como uma verdadeira dor de cabeça para as pessoas.

Outra desvantagem é a impossibilidade de adiamento. A saber, os clientes enfrentam muitas dificuldades para renegociar o empréstimo, que irá reduzir a renda da pessoa mensalmente por um longo período. E isso acontece mesmo sem a vontade da pessoa, pois o desconto é direto na folha de pagamento do salário ou benefício.

Por fim, há um risco ainda maior para os usuários do Auxílio Brasil. Em caso de perda do benefício, os cidadãos continuarão tendo que pagar o crédito consignado, e poderão ficar ainda mais endividados ao buscar alternativas para quitar a dívida.