Confiança empresarial recua em dezembro, mantendo tendência de queda

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,4 ponto em dezembro de 2020, na comparação com novembro. A saber, esta é a terceira queda seguida, após cinco meses consecutivos de alta. Com a retração, o índice caiu para 95,2 pontos. Aliás, em setembro, o ICE teve alta de 3,0 pontos, superando o nível alcançado em fevereiro, anterior à decretação da pandemia da Covid-19 no mundo. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira, dia 4.

“A discreta evolução do ICE em dezembro retrata o empresariado brasileiro em compasso de espera face à ainda grande incerteza em relação aos rumos da economia nos próximos meses. A queda do Índice da Situação Atual sinaliza desaceleração do nível de atividade corrente. Enquanto a manutenção do Índice de Expectativas abaixo dos 95 pontos reflete um pessimismo moderado em relação ao primeiro semestre de 2021. Entre os fatores que pesam na balança para os dois lados estão a ameaça de uma perigosa nova onda de covid-19 no Brasil, contrapondo a chegada das campanhas de vacinação em outros países. E a perspectiva de uso de parte da poupança acumulada em 2020 como compensação parcial para o fim do período de concessão de auxílio emergencial. Será um primeiro semestre ainda muito difícil”, afirmou o superintendente de estatísticas da FGV, Aloisio Campelo Jr.

Em resumo, o ICE consolida os índices de confiança de quatro setores: indústria, serviços, comércio e construção.

 

Veja o que contribuiu para a queda do ICE em dezembro

De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu 0,2 ponto, quebrando sete meses seguidos de alta, chegando aos 97,8 pontos. Da mesma forma, o Índice de Expectativas (IE-E) também recuou (-0,3 ponto), ficando em 94,3 pontos. Nesse caso, essa foi a terceira queda seguida, depois de uma sequência de cinco meses de alta.

Os indicadores de otimismo em relação à demanda dos próximos três meses e à tendência de negócios nos próximos seis meses cresceram 0,9 e 0,7 ponto, respectivamente. Igualmente, o indicador de emprego previsto para os próximos três meses avançou 1,7 ponto. Aliás, este é o único indicador que recuperou as fortes perdas de março e abril.

Por fim, a pesquisa apontou alta da confiança em 55% dos 49 segmentos pesquisados. O valor ficou maior que o registrado em novembro (43%). Além disso, houve alta em todos os setores.

 

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Ruan Samarone

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