Confiança dos empresários da construção fica estável em dezembro
O indicador variou 0,1 ponto, ficando próximo aos níveis anteriores à pandemia
O Índice de Confiança da Construção (ICST) variou 0,1 ponto em dezembro, mantendo a estabilidade e se acomodando nos 93,9 pontos. A saber, este valor está bem próximo aos níveis registrados anteriormente à pandemia. Aliás, o ICST atingiu a média de 94,3 pontos no último trimestre de 2020, ficando 6,6 pontos acima da média registrada no terceiro trimestre do ano (87,7 pontos).
O Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizou o levantamento dos dados. Já a FGV divulgou as informações nesta quarta-feira, dia 23.
“A confiança do setor da construção acomodou em dezembro em um nível superior ao de dezembro de 2019, o que, considerando todas as dificuldades do ano, é um aspecto positivo. Vale destacar o aumento do Indicador de Evolução Recente de Atividade, apesar do maior percentual das assinalações relativas à escassez e ao custo das matérias primas. Por outro lado, as expectativas continuam se deteriorando e os empresários estão mais pessimistas do que estavam no ano passado. Além das incertezas do cenário econômico, esse pessimismo parece estar relacionado às dificuldades recentes das empresas”, afirmou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo.
Veja detalhes da queda do ICST
De acordo com o levantamento, a piora nas perspectivas dos empresários para os próximos meses impediu a alta do ICST. Em resumo, o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 2,6 pontos, segunda queda seguida, ficando em 95,5 pontos. Assim, ficou abaixo do registrado em fevereiro, antes da pandemia da Covid-19 no país, quando estavam em 99,0 pontos.
No entanto, o indicador de demanda prevista subiu 1,3 pontos, o que compensou a queda de 2,6 pontos do indicador de tendência dos negócios.
Além disso, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,9 ponto, ficando em 92,4 pontos. Isso aconteceu devido ao movimento de seus componentes. O indicador de carteira de contratos subiu 0,6 ponto, para 90,1 pontos. Já o indicador de situação atual dos negócios subiu 1,2 ponto, para 94,8 pontos.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) também subiu 0,2 ponto percentual (p.p.), para 72,9%. Em suma, o ligeiro aumento de 0,2 p.p. aconteceu devido ao avanço de 73,9% para 74,1% do NUCI de mão de obra, apesar do recuo de 0,3 p.p. do nível de atividade de máquinas e equipamentos (de 65,9% para 65,6%).
Vale ressaltar que a desorganização da produção e a alta das matérias-primas vêm impactando diretamente o setor da construção no país.
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