A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, hoje (3), que a confiança do empresário teve crescimento pelo terceiro mês seguido. O Índice de Confiança Empresarial subiu 7,1 pontos de junho para julho deste ano.
Com o resultado, o indicador chegou a 87,5 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos. Desta forma, recuperou 79% das perdas ocorridas no bimestre de março e abril, devido à pandemia do novo coronavírus.
Para medir a confiança do empresário, são reunidos índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pela FGV: indústria, serviços, comércio e construção.
De acordo com a FGV, o avanço da confiança do empresário em julho foi motivada tanto pelas expectativas quanto pela percepção dos empresários brasileiros sobre a situação atual.
Desse modo, o Índice de Expectativas subiu 7,4 pontos e chegou a 89,8 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual cresceu 7,1 pontos e atingiu para 79,7 pontos.
Nos quatro setores foi verificada alta na confiança do empresário. O destaque foi para a indústria, que teve aumento de 12,2 pontos. O comércio teve a menor alta, de 1,7 ponto. Enquanto os demais setores tiveram os seguintes aumentos: 7,3 pontos nos serviços e 6,6 pontos na construção.
A confiança do empresário cresce em meio a retomada da atividade econômica, mostrando trajetória ascendente desde o início do segundo trimestre.
Contudo, segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., é preciso analisar essa tendência com cautela. “A incerteza continua elevada e mesmo os indicadores de expectativas, que saíram na frente, retratam hoje um sentimento que parece ser mais bem descrito como o de uma ‘neutralidade sujeita a revisões’. Ainda é cedo para se pensar em uma retomada consistente de investimentos, por exemplo”, afirmou à Agência Brasil.