Nesta sexta-feira (8), o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) divulgou uma nota defendendo a manutenção do uso de máscaras contra Covid-19, sob a justificativa de que “o momento exige cautela”. O comunicado foi assinado por Carlos Lula, presidente do conselho.
O Conass soltou a nota após receber notícias de que há cidades que já avaliam desobrigar o uso de máscaras ainda este ano, como o Rio de Janeiro e São Paulo, além de Duque de Caxias (RJ), que chegou a publicar um decreto desobrigando o uso de máscaras. No fim, a Justiça derrubou tal decreto, mas o debate sobre o equipamento de proteção segue.
Hoje, ao cumprir agenda no estado do Piauí, o ministro Marcelo Queiroga também afirmou ser contrário a qualquer lei que obrigue o uso do equipamento de proteção. Embora as autoridades de Rio e São Paulo sejam a favor do uso de máscaras, os governos locais avaliam que a desobrigação do uso de máscaras pode acontecer ainda este ano, dependendo do avanço da vacinação.
No caso do Rio, a Prefeitura estuda acabar com a obrigatoriedade das máscaras em locais abertos sem aglomeração no dia 15 de outubro.
“A vacinação da população, a testagem e o consequente monitoramento dos casos detectados e de seus contatos, somam-se ao uso de máscaras, à lavagem frequente das mãos e a utilização de álcool em gel como medidas indispensáveis para a superação da pandemia.”, diz um trecho de nota do Conass.
Conass prega cautela no debate sobre o uso de máscaras contra Covid-19
Assim como o Conass, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) recomenda a manutenção do uso do equipamento de proteção até que pelo menos 80% da população do país tenha sido totalmente vacinada contra a Covid-19. No momento, o índice é de 45,57%, de acordo com o levantamento do consórcio de imprensa com dados das secretarias estaduais de saúde.
O Conass argumenta que há países que suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras este ano, mas tiveram que voltar atrás na decisão ao observar um aumento no número de casos de Covid-19.
“O momento ainda exige cautela e prudência. Outros interesses que não os da proteção da população não podem se sobrepor à salvaguarda de nosso mais importante patrimônio: a vida e a saúde de todos os brasileiros”, acrescentou o Conass.