Uma mulher afirma que perdeu tudo depois que seu ex-companheiro entrou em sua casa, em Aparecida de Goiânia, Goiás, e ateou fogo na residência porque não aceitava o fim do relacionamento dos dois, que durou oito meses.
De acordo com Lucélia Inácio Gonçalves, de 39 anos, o homem enviou mensagens para ela, dizendo que o local estava “um inferno” e que tudo acabaria queimado, até ele mesmo. “Estou dentro da nossa casa, o inferno tá aqui e você vai ver tudo. Vou morrer aqui queimando tudo”, disse o suspeito na mensagem.
Segundo informações do portal “G1”, publicadas nesta segunda-feira (20), o fato aconteceu na última terça-feira (14). De acordo com Lucélia, ela não estava em casa quando o ex-companheiro, com quem ela havia terminado o relacionamento há 16 dias, apareceu. Por conta do crime, ela precisou se mudar para um barracão, fornecido pelo dono da residência.
“Ele falava que ia me matar. Já me cercou na rua com faca, já me enforcou depois dessa separação. Decidi até ir para a casa da minha mãe para tentar escapar”, conta a mulher, que ainda explica que, durante o incêndio, vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros, que combateu as chamas para que os imóveis no entorno não fossem atingidos.
Mulher diz que ex era ciumento
De acordo com a vítima, o homem era tão ciumento e fazia tantas ameaças que ela acabou perdendo seu emprego em uma lavanderia. Agora, ela atua com atividades extra, como manicure e cabeleireira. Todavia, confessa que o que ganha com essas funções não serão suficiente para reconstruir a casa.
“Comigo ele não conseguiu fazer nada, mas fez com a casa. Até o momento, ganhei apenas algumas roupas e reconstruir a casa é tudo que mais desejo”, explicou ela, que confessa ter medo de ficar sozinha após o ocorrido.
“Depois do que aconteceu, ele ainda ficou mandando mensagens, como se nada tivesse acontecido. A gente fica com medo, com insegurança”, disse a mulher.
Até o momento, o ex-companheiro, que não teve seu nome revelado, ainda não foi localizado pela polícia. Todavia, a mulher, que suspeita que ele tenha fugido para outro estado, conseguiu uma medida protetiva contra o homem e o caso é investigado pela Delegacia da Mulher (Deam).
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