O médico nutrólogo Abib Maldaun Neto foi condenado a 18 anos, seis meses e 13 dias de prisão pela Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (20). O motivo: abusos sexuais cometidos contra seus pacientes dentro do consultório em que ele atendia, no bairro dos Jardins, Zona Oeste da capital paulista.
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Em um primeiro momento, o Ministério Público denunciou o médico por conta de nove abusos. No entanto, o médico foi absolvido de dois, pois eles foram cometidos antes de 2018 e, nessa época, era necessário apresentar uma representação, isto é, um pedido à Justiça para que houvesse a punição. Como isso não aconteceu no prazo, o delito prescreveu.
Segundo a Justiça de São Paulo, o médico não poderá recorrer em liberdade e deverá continuar preso para o cumprimento da pena por violação sexual mediante fraude. Não suficiente, a decisão também determinou que ele deve pagar uma indenização de R$ 100 mil reais para cada vítima dele.
Condenado já estava preso
Abib Maldaun Neto está preso desde dezembro de 2020, em São Paulo. No processo em que ele foi condenado, 16 mulheres, nove vítimas e sete testemunhas, revelaram que sofreram abusos do médico entre os anos de 1997 e 2020 dentro de seu consultório.
Para o Ministério Público, o médico cometeu o crime de violação sexual mediante fraude. Além disso, o órgão ressaltou que o condenado praticava os crimes sempre da mesma forma e que a maioria das vítimas só tomou ciência que tinha sido vítima do crime após assistir à reportagem da ”TV Globo”.
Médico sem licença
Por conta das acusações, em abril do ano passado, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) cassou de forma definitiva o registro do médico nutrólogo Abib Maldaun Neto.
Apesar disso, a decisão ainda precisa ser referendada pelo Conselho Federal do Medicina (CFM), pois, até o momento, o CFM mantém a classificação do registro dele como “interdição cautela-total”.
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