CNJ vai investir desembargador que visitou Sérgio Cabral na cadeia

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai investigar a conduta do desembargador que visitou o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral enquanto o ex-gestor estava preso. A decisão de abrir um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi tomada nesta terça-feira (14) por unanimidade.

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Siro Darlan é presidente da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, sendo ele o responsável pelo julgamento de todos os casos do político, que assim como publicou o Brasil123, hoje, está cumprindo prisão domiciliar. Em abril do ano passado, ele foi à Unidade Prisional da Polícia Militar do Rio de Janeiro fazer uma suposta inspeção, mesmo não tendo essa atribuição.

Na ocasião, o desembargador teria pedido uma audiência com o ex-governador, tendo ficado reunido com o ex-governador por 45 minutos. Agora, por conta do caso, o CNJ deverá investigar o caso. Para isso, serão ouvidos, além do investigado, testemunhas do fato. Recentemente, o defensor do desembargador, Alexandre Pontieri, afirmou que Siro Darlan é um estudioso do sistema penal e não cometeu “nenhuma irregularidade na visita do desembargador”.

Além disso, o defensor também protocolou um documento alegando que, ao contrário do que foi informado aos órgãos cariocas, o desembargador não foi ao local com o objetivo específico de visitar o ex-governador. “Ele foi ao sistema prisional e lá se encontrava esse ex-governador. E não estava a realizar nenhuma inspeção. Ele foi com fins acadêmicos”, disse ele sobre o desembargador que, segundo testemunhos, no dia da suposta visita, afirmou que iria fazer uma fiscalização, mas se limitou a conversar com o ex-governador, sem sequer ter visitado outras dependências da unidade prisional.

“Entre as informações requisitadas e as respostas encaminhadas pela unidade prisional, a meu juízo, ficam claras algumas irregularidades cometidas pelo reclamado até aqui”, apontou o corregedor nacional de Justiça Luís Felipe Salomão, que votou pela abertura do procedimento para investigar a conduta de Siro Darlan e foi seguido por todos os colegas do CNJ.

Leia também: Sergio Moro critica soltura de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio preso por corrupção

Alisson Ficher

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