Clube Militar convoca manifestação para o próximo 7 de setembro

O Clube Militar do Rio de Janeiro, considerado um dos mais conservadores do país, está convocando “sócios” e também “amigos” para uma manifestação política em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o Clube Militar, que fez a convocação nesta segunda-feira (23), nas redes sociais, a manifestação acontecerá no próximo feriado do dia 07 de setembro.

“O Clube Militar, no momento em que conclama sócios e amigos a prestigiaram esse movimento, declara, mais uma vez, seu apoio tradicional às grandes causas nacionais e democráticas”, diz um trecho do convite.

Em outra parta da convocação, a organização revela onde o movimento acontecerá. “Estejamos juntos no feriado de 7 de setembro, dia da Independência, às 10h, na praia de Copacabana, altura do posto 5 (Av. Atlântica, em frente ao nº 3370, próximo à esquina da Rua Miguel Lemos)”, afirma o Clube.

Ainda na publicação, constata-se que o evento será organizado pela União dos Movimentos Conservadores Rio de Janeiro e terá, de acordo com os organizadores, como foco, “a liberdade, a democracia, ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil… independência ou morte”.

Bolsonaro diz que vai participar do ato

De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, ele participará do ato, mas não no organizado pelo Clube Militar do Rio de Janeiro, conhecido por negar a ditadura militar implantada no Brasil entre 1964 e 1985.

Segundo o chefe do Executivo, ele pretende acompanhar as manifestações em Brasília e em São Paulo. Em 2021, assim como aconteceu no ano passado, por conta da pandemia da Covid-19, os tradicionais desfiles militares foram cancelados no Distrito Federal.

Para a Procuradoria-Geral da República e também para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, esses movimentos, organizados por apoiadores de Bolsonaro, ameaçam a democracia. Isso porque, segundo ele, defensores do chefe do Executivo veem prometendo “quebrar tudo” e “tirar os ministros” do Supremo “na marra”.

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