O quão antigo você acha que é o câncer? Um estudo publicado pela revista The Lancet Oncology nesta segunda-feira (3) pode ter ajudado a responder esta questão. É que um grupo de cientistas descobriu a doença em um fóssil de dinossauro pela primeira vez na história.
Neste fóssil foi diagnosticado um osteossarcoma. Trata-se portanto de um tipo violento de câncer ósseo que existe até hoje em humanos. Esta descoberta foi feita em uma colaboração entre o Museu Real de Ontário (ROM) e pela Universidade McMaster. As duas são instituições canadenses.
O dinossauro, que deve ter sofrido muito com a doença, era um Centrosaurus Apertus. Ele viveu na Terra há cerca de 77 milhões de anos atrás. Ou seja, quando alguém lhe perguntar a idade do câncer, você pode dar este número.
Este dinossauro foi desenterrado no Parque Provincial de Dinosaur, que fica em Alberta, no Canadá. Este osso da perna do animal foi desenterrado ainda no ano de 1989. Trata-se de um osso que tinha uma deformidade importante. A descoberta deste câncer pode ter ajudado a entender o porquê.
Os cientistas acreditam que esta descoberta pode ser extremamente importante por diversos motivos. É que, com a comprovação da existência de câncer em dinossauros, os estudiosos esperam entender ainda mais a doença e contribuir para a procura de uma cura ou mesmo de tratamentos.
Câncer em dinossauros
“Aqui, mostramos a inconfundível assinatura do câncer ósseo avançado em um dinossauro com chifres de 76 milhões de anos. Estamos falando portanto do primeiro desse tipo. É muito emocionante”, disse Mark Crowther, autor do artigo publicado.
“O fato deste dinossauro herbívoro ter vivido em um rebanho grande e protetor pode ter permitido que ele sobrevivesse por mais tempo do que normalmente conseguiria com uma doença tão devastadora”, completou Crowter.
Recentemente, outro grupo de cientistas conseguiu “acordar” um micróbio que estava inativo por vários milhões de anos. Aliás, essa descoberta também foi publicada em uma revista científica na última semana.