China flexibiliza política de covid zero. O que muda na economia?

Os acontecimentos da China impressionaram cidadãos de diversas partes do mundo, em especial do Ocidente. Isso porque o país, mesmo sendo a segunda maior economia do mundo, ainda é pouco abordado no Brasil e quando acontecem protestos, chama a atenção de todas as pessoas. Contudo, existem motivos para o que aconteceu.

Isso porque os manifestantes foram às ruas manifestar contra a política de covid zero que o governo da China adotou. Com a revolta popular, o governo deu um passo para trás e flexibilizou o combate à doença. E isso afeta diretamente a sua vida.

O que é a política de covid zero?

Desde que a pandemia assolou o mundo, a China vem sendo um importante país quando o assunto é combate à doença. Já no início da pandemia, o governo chinês adotou a política de covid zero, que buscava eliminar, por completo, a doença do país. Com a chegada das vacinas, a medida ficou ainda mais radical por lá.

Isso porque o governo isolava cidades inteiras por causa de 2 ou 3 casos de covid, incluindo a capital Pequim, e grandes metrópoles, como Xangai. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, a China teve pouco mais de 16 mil mortes na pandemia. O governo do país estima um valor menor, mas igualmente baixo. Vale lembrar que a China tem 1,4 bilhão de habitantes. No caso do Brasil, com 215 milhões de habitantes, o número de mortes chegou a mais de 690 mil.

Contudo, o combate à pandemia veio por métodos contestáveis. Isso porque o governo isolou os infectados em campos de tratamento. Isso inclui crianças de idades menores, de 3 a 7 anos, que foram separados de seus pais. Além disso, o isolamento era bastante controlado, com o exército nas ruas fechando toda e qualquer movimentação.

Com os protestos da semana passada, a China anunciou que não tomará mais essas medidas, em respeito aos anseios da população. E isso muda muito a economia.

Reprodução: YouTube

Como isso afeta a economia?

Com o fim da política de covid zero na China, espera-se que a economia por lá comece a reaquecer. Na prática, isso quer dizer que os postos de trabalho devem voltar ao tempo integral, gerando mais empregos e movimentando a economia do mundo todo.

Dessa forma, setores importantes, como construção civil, devem voltar a funcionar plenamente. Na prática, a China importa muitos produtos do Brasil, incluindo o ferro para a construção. Com a alta da demanda, espera-se que o nosso país gere mais empregos nos próximos meses.

Além disso, a demanda por petróleo na China será maior. Com isso, o produto fica mais barato, o que pode deixar a gasolina, no Brasil, ainda mais barata. Vale lembrar que o combustível já apresenta duas semanas de queda, mas que foram tímidas.

Por isso, especialistas acreditam em uma retomada mais forte da economia por lá. Como o Brasil depende muito da economia da China, essa realidade ajudaria os cidadãos brasileiros, gerando mais empregos, diminuindo a inflação de produtos e gerando mais renda para os mais pobres.

Pedro Hostyn

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