No último domingo (3), jogadores negros do Napoli foram alvos de insultos racistas de torcedores da Fiorentina, da Itália, em partida pela sétima rodada do Campeonato Italiano, temporada 2021/2022.
Na oportunidade, o time visitante venceu por 2 a 1, foi a 21 pontos, segue com 100% de aproveitamento, mas os atos racistas viram o centro das atenções.
Na oportunidade, até a Fiorentina, clube mandante, repudiou a atitude dos torcedores e, agora, o caso foi levado à polícia, que ainda investiga o caso.
Nos últimos anos, o futebol italiano vem sendo palco de diversos casos de racismo, principalmente contra jogadores de origem africana.
Nesta terça-feira (5), o zagueiro Chiellini, capitão da seleção italiana, deu uma entrevista coletiva onde condenou os atos racistas desses torcedores.
No entanto, o atleta da seleção tetracampeã mundial e atual campeã Eurocopa, disse que o país, de um modo geral, não é racista.
Porém, ele defendeu a punição severa para esses torcedores racistas.
“Acho que foi inaceitável. É preciso um esforço extra de todos nós. Mas, no fim do dia, precisamos de regras que sejam aplicadas e reforçadas. Isso é o mais importante. Eu sinto vergonha como italiano e toscano”, disse o capitão da Azzurra.
Da região
Aos 37 anos, Chiellini é nascido em Pisa, na região da Toscana, mesmo estado onde fica Florença, palco dos atos racistas do final de semana.
Depois, o atleta se disse envergonhado com os constantes casos racistas no país.
“Sentimos vergonha na Europa porque muita gente diz que Itália é um país racista, e eu não acho que seja verdade. Precisamos de esforço extra de todos. O que exatamente, eu não sei dizer. Há pessoas melhores que eu para consertar isso, mas com certeza, algo precisa ser feito porque estamos projetando uma imagem ruim de nós mesmos lá fora”, disse o capitão da seleção da Itália.
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