A Polícia Civil revelou, nesta quinta-feira (09), que as investigações apontaram que a morte dos meninos de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, teria acontecido após um traficante ter sido autorizado pelo chefe de uma facção do Complexo do Castelar, que está preso.
De acordo com o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowisk, tudo leva a quer que os meninos desaparecidos em Belford Roxo, Baixada Fluminense, foram mortos pela facção.
Ainda de acordo com o secretário, além das crianças, a pessoa que pediu a autorização para a execução dos garotos, Wiler Castro da Silva, o “Estala”, de 25 anos, também teria sido morto por seus comparsas, um pouco depois da morte dos três menores, justamente por conta do crime.
“’Estala’ foi chamada no Complexo da Penha e morto exatamente por ter cometido os homicídios dos meninos. Essa organização criminosa que enfrenta o Estado e não tem mais limites éticos e comete esses tipos de atrocidades”, disse Allan Turnowisk em entrevista ao portal “Extra”.
De acordo com o secretário, ao longo das diligências, a corporação tinha várias linhas de investigação, mas a principal teoria sempre foi a de que o tráfico estaria envolvido nessas mortes.
“Alguns depoimentos indicavam o envolvimento da quadrilha do Castelar. Inclusive, tinha o nome de um chefe que teria pedido autorização para dentro do sistema (prisional) para efetuar esses homicídios”, disse o secretário.
Outro suspeito
De acordo com Allan Turnowisk, além de “Estala”, outro traficante é investigado neste caso. O criminoso em questão é José Carlos dos Prazeres Silva, o “Piranha”, de 41 anos. Segundo as informações, o bandido vive hoje no Complexo da Penha e está acima de “Estala” na hierarquia da quadrilha.
O desaparecimento dos meninos
Os três meninos estão desaparecidos desde o dia 27 de dezembro. Na ocasião, eles saíram para jogar futebol e nunca mais voltaram. No início do mês de agosto, agentes da Polícia Civil encontraram uma ossada debaixo de uma ponte da região onde os meninos sumiram após um homem ter se apresentado e afirmado que seu irmão teria sido o responsável por ocultar os corpos das crianças.
No entanto, uma perícia realizada pela Polícia Civil constatou que a ossada encontrada não era de nenhum dos três meninos. De acordo com a análise, o material encontrado era, na realidade, de origem animal.
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