Cerveja fica mais cara a partir desta sexta (01) para os consumidores

Os brasileiros continuam sofrendo com os altos custos dos produtos e serviços. A inflação do país disparou em agosto e deve crescer ainda mais em setembro. Em momentos de preocupação, muitos recorrem à famosa cerveja para desanuviar. No entanto, esse hábito ficará mais caro a partir desta sexta-feira (01).

A saber, a Ambev, que é dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois, repassou há alguns dias os aumentos dos preços para lojistas e distribuidores. No texto encaminhado pela Ambev, a companhia afirmou que seguiria “em linhas gerais, a variação da inflação, variação de custos, câmbio e carga tributária”. Agora, os reajustes seguirão para os consumidores finais.

Vale destacar que a Ambev não deu detalhes sobre os novos preços da cerveja. Na verdade, a companhia se limitou a dizer que os valores irão variar “de acordo com as regiões, marca, canal de venda e embalagem”. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o reajuste deve ficar em torno de 10% para o consumidor.

“Há uma pressão muito grande dos custos, tanto para a Ambev, neste caso específico, quanto para os bares e restaurantes. O combustível, a energia, os insumos, entre outros, estão mais caros. Por isso, acredito que este reajuste chegará ao consumidor final imediatamente”, explicou Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

Bares e restaurantes sofrem com a pandemia

Segundo Solmucci, estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes, vêm sofrendo com os impactos da pandemia da Covid-19. Embora a vacinação esteja avançando, o movimento ainda está longe do normal. Em suma, 37% dos bares e restaurantes do país afirmam estar com prejuízo, afirmou Solmucci. Ele destacou que a taxa em São Paulo chega a 50%.

“Todo aumento de custo dificulta ainda mais a vida do setor, sobretudo em um momento em que se está pressionado por aumento no custo de alimentos, luz, aluguel e, inclusive, o combustível, que afeta diretamente o delivery”, ressaltou a Abrasel.

Por falar em combustível, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou que a gasolina ficou mais cara nas bombas do país pela oitava semana seguida. O preço médio da gasolina supera os R$ 6,00 há semanas. Além disso, o diesel e o etanol hidratado também seguem a mesma trajetória e estão cada vez mais caros.

Por fim, uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com a Galunion e o Instituto FoodService Brasil (IFB), revelou que 62% dos entrevistados não recuperaram o faturamento anterior à pandemia. Enquanto isso, 55% afirmou estar endividado.

Leia Mais: Dólar emenda sexta alta e atinge maior nível em quase cinco meses

Ruan Samarone

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