“Centrão” pressiona governo a reduzir preços dos combustíveis

O núcleo do governo, constituído por maioria do “Centrão”, avalia um cenário difícil para o presidente Jair Bolsonaro, caso o governo não consiga reduzir o preço dos combustíveis antes das eleições.

Principal fiador do governo de Jair Bolsonaro, o grupo abandonou o discurso otimista de que o presidente venceria com folga as eleições deste ano, contra Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Porém, as projeções mudaram, frente aos números obtidos dentro de pesquisas eleitorais feitas por diversos veículos de comunicação.

Nesse sentido, apontado como uma das principais causas de afastamento de votos a favor de Jair Bolsonaro, o aumento no preço dos combustíveis apareceu como um fator primordial para ser solucionado por parte do governo e do núcleo do “Centrão”.

Uma possível solução

Um plano de recuperação viabilizado por apoiadores de Bolsonaro é chamado de “Agora ou nunca”, pelo Centrão, é buscar maneiras de aliviar o preço do combustível para o público final.

Com isso, vai de encontro a Bolsonaro como o causador e única pessoa a conseguir reduzir o preço dos combustíveis. Porém, é preciso frisar que o tempo até as eleições é curto e por isso o plano precisa ser ágil e eficiente.

Esse embate causou até mudanças no maior posto da Petrobras recentemente. O então presidente, Jair Bolsonaro, pediu a troca do ex-presidente, que segundo ele não possui nenhum caráter de influência política.

Medidas de Bolsonaro sobre os combustíveis

Mesmo sofrendo resistências de sua equipe econômica, Jair Bolsonaro, tenta adotar medidas que façam repercutir na redução do preço dos combustíveis no Brasil. O valor do litro do diesel está custando aproximadamente R$7,00 ao preço médio da gasolina que chega a R$7,25, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Uma das propostas da área política é a criação de uma bolsa-caminhoneiro e de um auxílio para motoristas de táxis e de aplicativos. Além disso, o custo do benefício é estimado em R$1,5 bilhão ainda neste ano. Neste caso, a avaliação na equipe econômica é de que a concessão deste subsídio para os caminhoneiros arcarem com o custo dos aumentos do diesel seria “válida”.

“Centrão” e críticas

Assim como o “Centrão” afirma que Bolsonaro não terá chances, caso não consiga reduzir o preço dos combustíveis, um dos principais apoiadores de Bolsonaro, o deputado Nereu Crispim, PSD-RS, afirmou que se ele não conseguir solucionar este problema, ele irá despencar nas pesquisas e descerá ladeira abaixo.

Além disso, Nereu Crispim, afirma que o presidente prometeu benefícios a classe dos caminhoneiros e não cumpriu e como aumento do preço dos combustíveis, dificilmente receberá apoio desta classe de trabalhadores.

Nesse sentido, a reeleição de Jair Bolsonaro estaria ameaçada tanto pelas promessas não cumpridas de seu governo, como a alta da inflação que assola o país e, principalmente, o aumento no preço dos combustíveis que tanto afeta a cadeia produtiva do Brasil e também por rumores que correm sobre a falta de diesel no país.

João Belarmindo

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  • Do jeito que está agente não aguenta.nosso brazil.e rico.so e mal.
    Administrado.teve muita
    Roubalheira.a justiça precisa ser mais dura

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