Em meio a um cenário de guerra envolvendo Rússia e Ucrânia, o povo brasileiro tem se manifestado em favor ao fim da violência, condenando a atitude de Vladimir Putin. Em paralelo a isso, o futebol brasileiro parece viver em uma realidade à parte, em outra dimensão.
Isso porque, somente nessa semana, tivemos quatro casos de violência no mundo da bola. Espalhados por quatro capitais do país, aqui no Brasil123 nós noticiamos os casos dos ônibus de Bahia e Grêmio, que foram alvos durante a chegada aos estádios. Além destes casos, tivemos outros em Recife e em Curitiba.
Em todos eles, uma coisa em comum: o futebol. Ou seja, como já é algo completamente escancarado, o estádio se tornou um ambiente extremamente permissivo, em que vemos crimes sendo cometidos a todo o momento. Recentemente, por exemplo, tivemos o episódio da faca lançada em direção ao gramado durante a semifinal da Copinha entre Palmeiras e São Paulo.
Os quatro casos de violência no futebol
Explicando melhor caso por caso, o que talvez tenha sido mais chocante aconteceu no Paraná. Na ocasião, durante uma derrota de 3 a 1 em casa para o União, o Paraná Clube teve o rebaixamento confirmado para a segunda divisão estadual. Isso desencadeou uma invasão desgovernada de campo, que culminou na troca de socos e chutes entre jogadores e “torcedores”.
Já no caso de Recife, a situação foi mais parecida com a do Grêmio. Após desembarcar no Aeroporto de Guararapes, a van que levou do Timbu ao hotel apareceu com vidros quebrados no dia seguinte, em imagens divulgadas pelo próprio Náutico. Ou seja, nada por aqui está seguro.
Nos outros dois casos, só para relembrar, tivemos atentados contra os veículos. Na Bahia, uma ala da torcida organizada do próprio clube estourou uma bomba na janela do ônibus, estraçalhando o vidro e não deixando o goleiro Danilo Fernandes cego por um milagre. Ele teve vários cortes na face.
No caso de Villasanti, jogador do Grêmio atingido por uma pedra, a situação foi ainda pior. O Imortal alega que ele sofreu traumatismo craniano e concussão, porém ele recebeu alta no dia de ontem (27) e parece estar bem.
Tudo isso só corrobora com o resto de nossa sociedade, que não tem segurança para quase nada. E a cada ano que passa o estádio vai ficando mais hostil e mais assustador. Quem perde é o nosso futebol.
Jogador do Paraná agredido em campo. Jogador do Grêmio atingido por uma pedra e com traumatismo. Isso tudo depois de uma bomba ser jogada dentro de um ônibus e quase matar um jogador do Bahia. O futebol vai ser omisso assim com violência até quando?
— Gabriel Vaquer (@bielvaquer) February 26, 2022