A defesa de Jarinho, acusado de matar seu enteado, o menino Henry Borel, de quatro anos, solicitou à juíza Elizabeth Machado Louro, responsável pelo caso da morte do garoto, a elaboração de um laudo psicológico do ex-vereador.
Em entrevista ao portal “Uol”, Braz Sant’Anna, advogado do ex-vereador, afirmou que o pedido já chegou nas mãos da juíza, sem, todavia, explicar as razões para a solicitação. Ainda conforme ele, esse laudo, caso seja permitido, será elaborado por profissionais indicados pela defesa através de entrevistas e da aplicação de instrumentos psicológicos.
No pedido, a defesa também fez outro pedido: que as análises sejam feitas em três dias diferentes, pela manhã e à tarde, com intervalos estabelecidos pela unidade prisional de Bangu 8, onde Jairinho se encontra atualmente.
Jairinho está preso desde abril deste ano quando a Justiça decretou a prisão preventiva dele e da mãe de Henry Borel, a professora Monique Medeiros. Os dois são acusados pela morte do menino, registrada um mês antes da dupla parar atrás das grades.
Além de ser o principal suspeito pela morte de Henry Borel, Jairinho também foi denunciado por agressão contra outras crianças e estupro contra uma ex-companheira sua.
Jairinho quer seu cargo como vereador de volta
Na última semana, assim como publicou o Brasil123, a defesa de Jairinho entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) com o intuito de que o parlamentar, que foi cassado em junho deste ano, possa ter seu mandato como vereador da capital carioca de volta.
De acordo com o advogado de Jairinho, esse mandado de segurança busca mostrar que a possível participação de Jairinho no crime contra Henry Borel não tem a capacidade “de afastar a presunção de sua inocência” e tirar seu mandato.
Pai de Henry chama a tentativa de revoltante
Logo após saber do mandado de segurança impetrado pela defesa do ex-vereador, Leniel Borel, pai de Henry, foi às redes sociais e disparou que o pedido para voltar à câmara é revoltante.
“É revoltante que o Jairo continue se prevalecendo da influência política após o assassinato do meu filho, uma criança inocente que não merecia ser agredida. Infelizmente esse tipo de manobra já era esperada por este monstro, principalmente por se tratar de uma família inserida no cenário político atual”, afirmou o pai do garoto.
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