Cartão de crédito LIDERA dívidas entre brasileiros em outubro

O uso do cartão de crédito para pagamento de dívidas continua muito elevado no país. Aliás, foram esses débitos que lideraram o ranking das dívidas que os brasileiros possuíam em outubro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

A saber, 86,2% dos brasileiros tinham alguma dívida com cartão de crédito no mês passado. O número representa um crescimento de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação a setembro, quando a taxa havia ficado em 85,6%. Já na comparação com outubro de 2021, o aumento foi de 1,3 p.p. (84,9%).

Vale destacar que a proporção de dívidas com cartão de crédito vinha caindo nos últimos meses. Contudo, a taxa voltou a subir em outubro, na base mensal. Isso mostra que os brasileiros voltaram a usar esses cartões de maneira mais intensa que antes.

Veja abaixo os principais tipos de dívidas dos brasileiros:

• Cartão de crédito – 86,2%
• Carnês – 19,5%
• Financiamento de carro – 9,0%
• Crédito pessoal – 8,4%
• Financiamento de casa – 8,1%
• Cheque especial – 5,1%
• Crédito consignado – 5,0%

Dentre as dívidas citadas, apenas o cartão de crédito e o cheque especial tiveram aumento na comparação com outubro de 2021. No caso do cheque especial, a taxa estava em 4,9% há um ano.

Segundo analistas, as dificuldades financeiras fizeram muita gente passar a utilizar o cartão de crédito para comprar alimentos, por exemplo. Isso era algo que feito apenas a dinheiro ou cartão de débito no passado.

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Endividamento desacelera, mas inadimplência bate recorde

A saber, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é a responsável pela Peic. Em outubro, a entidade revelou que 79,2% das famílias brasileiras estavam endividadas, taxa levemente menor que a de setembro (79,3%).

Em contrapartida, a taxa de inadimplência cresceu de 30% em setembro para 30,3% em outubro. Isso quer dizer que três em cada dez pessoas tinham dívidas ou contas em atraso no país, ou seja, estava inadimplente. A propósito, essa taxa representa recorde da série histórica da CNC, iniciada em 2010.

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