Assim como publicou o Brasil123 mais cedo, o governo do estado de São Paulo revelou nesta quinta-feira (06) que vai seguir o que tem feito os outros estados e cancelar a realização do carnaval de rua pelo segundo ano seguido. Por outro lado, os desfiles no Sambódromo do Anhembi seguem mantidos e devem acontecer entre os dias 25 e 28 de fevereiro.
Para João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus do governo de São Paulo, o momento é de cautela. Segundo ele, em entrevista à “CNN Brasil”, nem mesmo a comemoração do Carnaval em espaços privados deveriam acontecer devido às condições atuais da pandemia.
“As festas nessas últimas semanas… O que a gente encontra de gente que se contamina em festas de formatura, comemorações de final de ano é muito significativo. O risco continua sendo muito elevado. Imaginamos que neste momento não é adequado mesmo, esses eventos privados não devem ser realizados”, afirmou.
Em outro momento, além de afirmar que o “carnaval de rua é impensável, não tem como fazer”, ele comentou sobre os desfiles, que foram mantidos e irão acontecer, até segunda ordem, normalmente, mas com a exigência de testagem, vacina e máscaras.
“Sempre digo que é um evento muito parecido com o que acontece nos estádios de futebol, mas as pessoas precisam estar testadas, vacinadas, utilizar máscaras”, relata ele, confessando que, mesmo com todos esses protocolos, a realização ainda será avaliada. “Como essas pessoas vão chegar lá? Vão pegar transporte coletivo, vai haver acúmulo. Temos que ver como tudo isso vai acontecer”, pontua
Blocos já haviam cancelado o carnaval
O cancelamento do carnaval de rua vem um dia após 41 blocos paulistanos terem anunciado que não iriam mais desfilar neste ano. Isso, mesmo se a administração de São Paulo optasse pela manutenção das festas. Em nota, o Fórum de Blocos de Carnaval de Rua de São Paulo afirmou que “faltou clareza e consenso entre as instituições governamentais” em um momento de “nova fase de crise sanitária”.
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