Captação líquida da poupança alcança a marca de R$ 1,48 bilhão em novembro

A caderneta de poupança continua atraindo boa parte dos brasileiros. Os investimentos na aplicação financeira mais tradicional do país registraram uma captação líquida de R$ 1,48 bilhão em novembro. A saber, o resultado ficou 39% abaixo do alcançado em novembro de 2019, quando os depósitos superaram em R$ 2,43 bilhões os saques. O Banco Central (BC) divulgou os dados nesta sexta-feira, dia 4.  

Em resumo, captação líquida é o resultado da diferença entre depósitos e saques da poupança. Ou seja, em novembro, houve mais dinheiro investido do que retirado da aplicação financeira. Contudo, mesmo com um resultado positivo, novembro marca o primeiro mês, desde janeiro, a apresentar um resultado inferior ao registrado no mesmo mês de 2019. Por exemplo, em outubro, a captação líquida chegou a R$ 7,02 bilhões. Este foi o melhor resultado para o décimo mês do ano desde 1995. Da mesma forma, de fevereiro a setembro, os resultados obtidos em 2020 superaram os do ano passado, mas a sequência foi interrompida em novembro.

No começo do ano, os dois primeiros meses fecharam no vermelho. Contudo, a partir de março, com a explosão da pandemia da Covid-19 no país, houve muito mais investimentos que retiradas. O acumulado no ano está em R$ 145,71 bilhões de captação líquida. Em suma, este valor é o resultado da subtração dos depósitos (R$ 2,791 trilhões) pelos saques (R$ 2,646 trilhões).

A volatilidade do mercado financeiro em março e abril é um dos fatores que explicam a elevação nos depósitos da caderneta no início do ano. Dessa forma, os primeiros meses da pandemia atraíram investimentos por conta da segurança da caderneta, mesmo com um rendimento menor. No entanto, a recuperação da bolsa brasileira nos últimos meses, bem como o aumento da inflação neste ano reduziram a demanda pela caderneta.

 

Veja o percentual de investimentos na Poupança

Os investimentos na poupança continuam em alta, mesmo com os juros básicos mais baixos. O rendimento corresponde a 70% da Taxa Selic, que define os juros básicos da economia. Contudo, com as recentes reduções na Selic, o investimento vem rendendo menos que a inflação. 

De acordo com o Banco Central, a aplicação rendeu 2,29% nos últimos 12 meses. Nesse mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) atingiu 3,52%. Em suma, este indicador é a prévia oficial da inflação.   

Por fim, vale ressaltar que a fórmula atual permite um rendimento de 1,4% na poupança este ano. Isso aconteceria caso a Taxa Selic se mantivesse em 2% ao ano. No entanto, o rendimento acumulado de investimentos tende a ser maior devido às reduções da taxa ao longo dos últimos meses, mas insuficientes para repor as perdas provocadas pela inflação.

 

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Ruan Samarone

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