Brasileiro deve ficar atento aos juros mais altos no país

Os brasileiros continuam enfrentando muitos desafios nos país em 2022. Os preços dos produtos vêm subindo expressivamente nos últimos meses, ou seja, o custo de vida está mais elevado no Brasil. E para impedir que esses aumentos fiquem ainda mais expressivos, o Banco Central (BC) está elevando desde o ano passado a taxa básica de juro da economia, a Selic.

Em resumo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou no mês passado os juros do país pela 11ª vez consecutiva. Com isso, a taxa Selic passou de 12,75% ao ano para 13,25% ao ano, maior patamar desde dezembro de 2016. E os consumidores são os que mais irão sofrer com esse novo aumento.

De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o aumento dos juros no país vai encarecer o crédito e as prestações. Em resumo, o juro médio para as pessoas físicas passará de 117,23% para 118,21% ao ano. Já a taxa média para as pessoas jurídicas subirá de 56,57% para 57,29% ao ano.

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Veja exemplos de como os juros afetam a vida do brasileiro

Em suma, os juros mais altos pressionam ainda mais a renda do brasileiro. Isso acontece porque compras parceladas, geralmente feitas pelas pessoas de renda mais baixa, passam a ter juros mais elevados. Como os preços de praticamente tudo estão mais altos, muita gente acaba atrasando o pagamento das suas dívidas. E o resultado são contas muito mais caras devido aos juros altos.

Por exemplo, uma pessoa que compra uma geladeira de R$ 1,5 mil e divide o valor em 12 prestações, pagará R$ 0,38 a mais por prestação, totalizando R$ 4,62 no valor final do produto. Esse exemplo é o mais simples e o que tem uma elevação bem tímida.

Contudo, os juros mais altos encareceram as prestações, pois eles incidem em cada uma delas. Assim, uma pessoa que faz uso de R$ 3 mil no rotativo do cartão de crédito por 30 dias terá uma conta R$ 1,20 mais cara no mês. Já um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação, chegando a R$ 14,82 no valor total.

Contudo, quem mais sofrerá com a alta da Selic são os brasileiros que optarem por financiar bens mais caros e que possuem muitas prestações. Um grande exemplo é o financiamento de um automóvel que custa R$ 40 mil e tem 60 prestações. Nesse caso, o consumidor pagará R$ 669,47 a mais ao final do financiamento.

Isso mostra que o cidadão precisa tomar cuidado para não sofrer com os juros elevados. Por isso, o mais indicado é fazer cálculos e sempre levar em consideração a nova taxa da Selic. Aliás, o Copom afirmou que deverá elevar novamente os juros em agosto.

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Ruan Samarone

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