Brasil tem 6,12 milhões de empresas inadimplentes, aponta Serasa

Não é apenas a população que sofre com o cenário econômico desafiador. As empresas do Brasil também não estão conseguindo pagar todas as contas que possuem. E essas dificuldades colocaram mais de seis milhões de empresas na condição de inadimplentes no país, segundo a Serasa Experian.

De acordo com o estudo, havia 6.119.950 empresas inadimplentes no Brasil em abril deste ano. Isso representa um acréscimo de quase 200 mil empresas nessa condição em um ano. Aliás, a taxa é a mais alta desde abril de 2020 (6.148.561 empresas), quando o mundo enfrentava os primeiros impactos da pandemia da covid-19.

“Enquanto a instabilidade econômica perdurar, os empreendedores continuarão encontrando dificuldades para sair do vermelho, já que precisam lidar com o encarecimento dos insumos e do crédito”, explicou o economista da Serasa, Luiz Rabi, em nota.

Além disso, o economista disse que a redução da confiança financeira do consumidor agrava o cenário. Em resumo, Rabi disse que a população “segue mantendo o consumo por necessidade como principal critério para fechar as contas no fim do mês”.

Setor de serviços tem maior número de empresas inadimplentes

O levantamento da Serasa também mostrou que o setor de serviços possui o maior número de empresas em dificuldades financeiras. A saber, 52,5% das empresas inadimplentes do Brasil eram do setor de serviços em abril.

Em seguida, ficou o comércio, que concentrou 38,3% do total de empresas inadimplentes no país. Por outro lado, a indústria teve uma taxa bem menor, de apenas 7,9% do total. No entanto, o setor primário é quem menos tem empresas inadimplentes, respondendo por 0,9% do total nacional.

Vale destacar que as micro e pequenas empresas representaram a maior parcela das empresas negativadas do país. Em suma, havia 5.518.707 de pequenos negócios inadimplentes no país em abril. Isso quer dizer que nove em cada dez empresas com dificuldades financeiras eram micro ou pequenas.

“As empresas de portes menores têm sofrido mais financeiramente, pois possuem um fluxo de caixa naturalmente ameno e, com isso, mesmo com as linhas de crédito facilitadas pelo Pronampe, levam mais tempo para se recuperar economicamente”, disse Rabi.

Leia Também: Rendimento do trabalhador no Brasil diminui 7,9% em um ano

Ruan Samarone

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