Brasil não está perdendo controle no sentido “estritamente econômico”, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (23) que a “antecipação das eleições” até pode impactar as expectativas relacionadas à economia do Brasil. No entanto, ressaltou que, ao considerar o ponto de vista “estritamente econômico”, não há motivos para que afirmem que o país está perdendo o controle.

Em evento da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), Guedes também destacou que o Brasil está decolando em 2021. Contudo, o ministro disse que o aumento de notícias sobre a antecipação das eleições “naturalmente prejudica” e “causa muito barulho” no país.

“Com confiança na democracia brasileira e principalmente nas instituições, esperamos que os excessos que sejam cometidos de uma parte ou de outra, de atores específicos, sejam moderados”, afirmou Guedes.

Nesse sentido, o ministro ressaltou a necessidade da moderação dos excessos para o Brasil ter a recuperação econômica “que está praticamente garantida”. Aliás, ele disse que o objetivo de sua fala é “tranquilizar”, frisando que confia nas instituições do Brasil. A saber, ele citou Presidência da República, Supremo Tribunal Federal (STF), Senado e Câmara dos Deputados para afirmar que confia em cada uma destas instituições.

Brasil se “recuperou em tempo recorde”, afirmou Guedes

Além disso, o ministro da Economia aproveitou o evento para dizer novamente que a previsão para o déficit primário do Brasil neste ano é de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Já em relação ao próximo ano, o déficit corresponde a 0,3% do PIB para 2022. “Ou seja, praticamente acabou o déficit”, garantiu o ministro.

Guedes ponderou que ainda há preocupações envolvendo as questões fiscais do país. Entretanto, assegurou que “os fatos e fundamentos” continuam mostrando a todos que o governo continua realizando o “trabalho certo”.

“Hoje, não há o menor fundamento do ponto de vista estritamente econômico para dizer que Brasil está perdendo o controle. É exatamente o contrário, o Brasil atravessou a maior crise fiscal, a maior depressão de tempos modernos e se recuperou em tempo recorde”, ressaltou Guedes.

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