Bolsonaro será investigado por vazar inquérito sigiloso da PF, determina STF

O nome de Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a ser assunto no Supremo Tribunal Federal (STF). Desta vez, o chefe do Executivo foi o tema da Corte por conta de uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, que decidiu que o presidente será investigado devido ao vazamento de informações sigilosas da Polícia Federal (PF).

Na determinação, publicada nesta quinta-feira (12), o ministro decidiu pela abertura de um inquérito sobre o tema, indo ao encontro de uma notícia-crime enviada por todos os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que sinalizaram a suposta conduta criminosa de Bolsonaro.

Assim como publicou o Brasil123, a denúncia do TSE veio à tona após o presidente divulgar, na íntegra, no último dia 04, um inquérito da PF, que apura um suposto ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral em 2018 – o fato, segundo o próprio tribunal, não representou qualquer risco às eleições.

Bolsonaro já era investigado

A investigação sobre a divulgação do inquérito feita pelo presidente será anexada às diligências que apuram a disseminação das chamadas fake news, isto é, a distribuição de conteúdo falso na internet e também as ameaças aos ministros do STF.

Todavia, importante destacar que Bolsonaro já é formalmente investigado no inquérito desde o início de agosto. À época, Alexandre Moraes também foi ao encontro de um pedido do TSE, que decidiu, de forma unânime, que acionaria o Supremo por conta das condutas adotadas pelo presidente da República.

O estopim para que o TSE tomasse a decisão de ir ao STF aconteceu no dia 29 de junho, quando Bolsonaro usou uma transmissão ao vivo na internet e na TV Brasil, uma emissora pública, para atacar as urnas eletrônicas e disseminar fake news já desmentidas por órgãos oficiais e especialistas no assunto.

Na oportunidade, inclusive, o presidente chegou a afirmar que revelaria que as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro não são seguros. Todavia, na transmissão, o chefe do Executivo revelou que não tinha como provar nenhuma das irregularidades citadas.

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