Bolsonaro optou por troca na Petrobras após avaliação de que a empresa se comunicava mal

Um dia após o anúncio de que a Petrobras terá um novo presidente, informações sobre o que teria motivado a troca começam a vir à tona. Neste terça-feira (29), o jornal “Folha de São Paulo” afirmou que a ordem de trocar o comando da estatal se deu após o presidente Jair Bolsonaro (PL) e auxiliares chegarem à conclusão de que a empresa estava se comunicando mal.

Segundo o jornal, foi constatado que essa má comunicação acabava respingando na imagem do governo, em especial, quando o assunto era a alta dos combustíveis. Por conta disso, mesmo tendo escolhido o general Joaquim Silva e Luna há pouco mais de um ano para comandar a empresa, Bolsonaro foi convencido que o melhor era retirá-lo do cargo.

Isso porque, de acordo com aliados do chefe do Executivo, a manutenção de Silva e Luna no cargo poderia ser um problema para a tentativa de reeleição.

Sentimento de traição

No início de março, como publicou o Brasil123, a Petrobras anunciou um novo reajuste nos preços dos combustíveis. Segundo a “Folha”, foi nesta ocasião que Bolsonaro bateu o martelo e decidiu que precisava trocar o número um da estatal.

Em dado momento, o chefe do Executivo afirmou que teria sido traído porque não foi informado sobre o reajuste – as regras de governança da empresa não permitem que haja antecipação da decisão a qualquer pessoa.

Na ocasião, o governo e até o presidente, de forma nominal, foram muito criticados por conta do reajuste de quase 25% para o diesel e 18% para a gasolina. Isso, mesmo a empresa tendo segurado por quase 60 dias para dar um aumento nos valores cobrados por esses produtos.

Novo presidente da Petrobras

Nesta terça, o Brasil 123 preparou uma matéria onde mostra detalhes sobre Adriano Pires, economista indicado pelo governo para presidir a estatal brasileiro. Nos últimos meses, ele esteve presente em diversas reuniões que tinham como foco discutir as crises no setor energético do Brasil.

Segundo as informações, Adriano Pires não é favor de mudanças drásticas na Petrobras, como o fim da política de preços da estatal, pareada no preço do barril do petróleo no mercado internacional. No entanto, Bolsonaro resolveu escolhê-lo porque vê nele uma figura que poderá explicar melhor o papel da empresa para o Congresso e a sociedade.

Em reunião com o futuro número um da empresa, Bolsonaro, segundo a “Folha”, foi claro, quer linha direta, sem intermediários, com o futuro presidente da Petrobras.

Leia também: Ministro da Educação deixa o cargo após polêmicas envolvendo pastores

Alisson Ficher

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