Bolsonaro irá reconhecer a derrota, mas apontando possíveis irregularidades, dizem aliados

Passaram-se mais de 24h desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decretou que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), não será o comandante do Executivo a partir de 2023, visto que ele foi derrotado no segundo turno das eleições por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estará no comando do Brasil pela terceira vez.

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Desde a confirmação do resultado, Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a derrota, muito menos telefonou para Lula e deu os parabéns ao petista pela vitória, algo que é praxe e aconteceu em todas as eleições passadas, incluindo na que o atual presidente venceu, em 2018. Na época, ele recebeu um telefonema de Fernando Haddad (PT), que o parabenizou pela vitória no segundo turno.

Segundo informações do canal “CNN Brasil”, o silêncio de Bolsonaro, que não aparece desde a manhã de domingo (30), quando foi visto votando e confiante na vitória, deverá acabar nesta terça-feira (01), quando ele deve finalmente comentar sobre o pleito realizado no final de semana.

Na oportunidade, apesar de reconhecer a derrota para Lula, Bolsonaro deve, segundo a “CNN Brasil”, listar supostas irregularidades nas eleições deste ano que ajudaram a dar a vitória ao petista, que venceu com mais de dois milhões de votos de vantagem, o que dá uma diferença de mais de um ponto percentual.

Conforme afirmam aliados do presidente, ele mesmo deverá elaborar a sua manifestação, em um formato que ainda não está claro se vai ser em um vídeo, documento, postagem em suas redes sociais ou em um pronunciamento diretamente do Palácio do Planalto, em Brasília, no Distrito Federal.

De acordo com informações do canal, apesar da listagem, Bolsonaro foi convencido de que o melhor caminho para seu futuro político será acatar o resultado e tentar construir uma posição de líder da oposição a Lula. Para isso, será preciso aceitar as regras do jogo e tentar administrar o capital político que a eleição lhe deu para que, assim, seja possível tentar retornar ao Planalto em 2026.

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