Bolsonaro é pressionado para fazer discurso reconhecendo derrota

Jair Bolsonaro (PL), presidente da República derrotado no domingo (30), no segundo turno das eleições, pelo ex-chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se pronunciou sobre a derrota, confirmada por volta das 20h de ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – Bolsonaro somou 49,10% dos votos válidos, enquanto o petista alcançou 50,90.

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De acordo com a jornalista da “Globo News”, Andreia Sadi, assessores do presidente estão o pressionando para que ele discurse reconhecendo a derrota, isto é, o resultado das eleições brasileiras, assim como fizeram todos os outros chefes de poderes no Brasil e líderes internacionais como, por exemplo, os presidentes dos Estados Unidos, China, Reino Unido e França.

O não pronunciamento de Bolsonaro quebra uma costumeira tradição, na qual os candidatos derrotados ligam para o seu adversário e fazem uma declaração pública reconhecendo a vitória do oponente. Em 2018, por exemplo, Fernando Haddad (PT), que foi quem disputou o segundo turno com Bolsonaro e perdeu, seguiu a tradição ligando ao presidente eleito e reconhecendo a derrota posteriormente – isso, logo na sequência do anúncio oficial.

Segundo Andreia Sadi, com medo do impacto nas relações exteriores por conta da postura de Bolsonaro, classificada como “irredutível”, assessores do chefe do Executivo pediram para que o chanceler Carlos França converse com o presidente e tente convencê-lo a acabar com o silêncio que já dura mais de 17h.

Todavia, a tarefa parece complicada, visto que Bolsonaro não fala nada nas redes sociais e não apareceu para falar com seus apoiadores, como fez quase todo dia ao longo de seu mandato. No domingo, por exemplo, o Brasil123 publicou que o presidente não queria receber ninguém e foi dormir logo após o anúncio de que ele não seria o chefe do Executivo em 2023.

Nesta segunda-feira (31), Andreia Sadi explicou que, dentre os que defendem o reconhecimento da derrota de Bolsonaro está seu vice, o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o coordenador da campanha à reeleição, Fábio Wajgarten, e o Centrão, base aliada do chefe do Executivo durante sua gestão.

Leia também: ‘Não existem dois Brasis’, diz Lula após ser eleito presidente do país

Alisson Ficher

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