Bolsonaro e aliados estariam tentando forçar presidente da Petrobras a pedir demissão

As recentes críticas de Jair Bolsonaro (PL), e de aliados como seus filhos, direcionadas para a Petrobras mostram, segundo militares aliados do presidente da estatal, Silva e Luna, que tem existido um movimento de pressão para que o chefe da empresa peça demissão.

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De acordo com informações da jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”, políticos e também militares afirmam que, caso Bolsonaro demitisse o presidente da Petrobras, esse ato seria visto como muito ruim pelo mercado e por empresário, pois seria tratado uma interferência direta do chefe do Executivo na empresa.

Por conta disso, esses aliados de Silva e Luna dizem que Bolsonaro tem atacado a Petrobras em seus discursos para forçar o pedido de demissão do chefe da estatal. Isso, porque ele teme o efeito eleitoral que o aumento no preço dos combustíveis pode ter.

Segundo os militares, o alvo de Bolsonaro, indicado pelo próprio presidente, não tem a intenção de deixar o cargo. Prova disso é que, nesta terça, ele próprio reforçou essa tese, dizendo que jamais deixaria sua “tropa sozinha”. “Jamais farei isso. Tenho formação militar, a gente morre junto na batalha e não deixa a tropa sozinha. Agora, minha indicação é do presidente da República, com quem tenho uma relação de lealdade e de confiança”, disse ele

Bolsonaro tem o desejo de que Silva e Luna peça demissão da Petrobras, pois o ato de demiti-lo poderia ser visto com maus olhos pelo mercado. (Foto: reprodução)

Além disso, afirmou Andreia Sadi, esses aliados de Silva e Luna enxergam com dificuldade um eventual sucessor para ele. “Por ora, a estratégia do governo é manter a pressão para tentar ‘forçar a demissão’” do chefe da Petrobras, explicou a jornalista, revelando ainda que, segundo as informações, caso isso não aconteça, o plano B será esperar a reunião de abril, quando acontecerá uma eleição para que sejam eleitos os novos conselheiros da estatal.

Paralelamente a tentativa de tirar o chefe da Petrobras, o governo também vem tentando pressionar o ministro da Economia, Paulo Guedes, a adotar um subsídio para o diesel. Apesar disso, como bem publicou o Brasil123, o chefe da pasta quer esperar para ver quais serão os desdobramentos da guerra Rússia-Ucrânia antes de tomar tal decisão.

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