Bolsonaro comenta sobre a Argentina e diz que “controlar preços não dá certo”

Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, afirmou na noite de quinta-feira (28) que a tentativa de controlar os preços foi o que acabou intensificando a crise econômica pela qual passa a Argentina atualmente. A declaração do chefe do Executivo foi feita durante sua tradicional live nas redes sociais.

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No mesmo dia da declaração de Bolsonaro, a ministra da Economia da Argentina pediu renúncia após apenas algumas semanas no cargo. Por conta do fato, Alberto Fenandez, presidente do país, informou que irá criar um “superministério” – a pasta irá englobar as áreas econômicas, manufatureiras e agrícolas do país.

Ainda na quinta, o Banco Central argentino anunciou que a taxa básica de juros será elevada em oito pontos percentuais, chegando em 60% – para objeto de comparação, no Brasil, essa mesma taxa é de 13,25% ao ano.

“A Argentina intensifica o controle de preços. Economia errada, pessoal. Controlar o preço já não deu certo no Brasil lá atrás. Tivemos uma experiência de poucos anos atrás. Não deu certo. Num primeiro momento, muita gente vibra. Só que dali a dois, três, quatro meses, vai começar a faltar o produto. Vai ser vendido no mercado paralelo. Explode os preços”, afirmou Bolsonaro.

De acordo com o presidente, o Brasil está “dando certo” devido à liberdade econômica e também por conta do trabalho da equipe de Paulo Guedes, ministro da Economia. “Não vai ser na marra que você vai consertar a economia. Nossa economia está dando certo por quê? Paulo Guedes, com sua equipe, partindo para a liberdade econômica, liberal, abrir os negócios, não dificultar a vida de quem quer trabalhar”, disse o presidente.

No mês passado, o governo de Bolsonaro aprovou duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC). Essas novas normas serviram para que o governo conseguisse aprovar um pacote de auxílios que tenta contornar a alta nos preços dos combustíveis e o aumento da inflação. Dentre essas medidas estão o “bolsa caminhoneiro” e também o aumento do Auxílio Brasil, que passará de R$ 400 para R$ 600 – ao todo, essas medidas irão custar R$ 41,25 bilhões.

Leia também: Estabilidade de Lula na corrida eleitoral é um ‘banho de água fria’ na campanha de Bolsonaro

Alisson Ficher

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