Bolsonaro chama passaporte da vacina de “coleira”, mas diz não ser contra os imunizantes

Nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (PL), chamou o passaporte da vacina contra Covid-19 de “coleira”, mas afirmou que não é contra a aplicação dos imunizantes, argumentando que seu governo comprou milhões de doses.

As declarações foram dadas durante cerimônia de assinatura dos contratos do leilão do 5G. “Vemos uma briga enorme aqui agora sobre passaporte vacinal. Quem é favorável não se esqueça: amanhã alguém pode impor algo para você que você não esteja favorável”, disse Bolsonaro.

“A gente pergunta: por que o passaporte vacinal? Essa coleira que querem botar no povo brasileiro… Cadê nossa liberdade? Prefiro morrer que perder minha liberdade.”, acrescentou o presidente.

Apesar do posicionamento contrário à exigência de vacinação, Bolsonaro ressaltou que não é antivacina. “Não sou contra a vacina, porque nós compramos mais de 600 milhões de doses. [Mas] a nossa liberdade não tem preço. E diz um velho ditado: quem abre mão de um pouquinho de sua liberdade por segurança, acaba ficando sem liberdade e sem segurança. Vamos todos respeitar a liberdade individual.”, disse ele.

Anvisa quer exigência do passaporte da vacina nos aeroportos

Adotado em diversas cidades no Brasil e no mundo, o passaporte da vacina é usado para liberar a entrada de pessoas imunizadas contra Covid-19 em restaurantes, bares, academias, cinemas e outros estabelecimentos. O passaporte sanitário também é uma exigência feita por alguns países para aceitar a entrada de viajantes internacionais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já se manifestou favorável à implementação do passaporte da vacina para liberar a entrada de viajantes que desembarcam nos aeroportos brasileiros vindos de outros países. A Defensoria Pública da União também é a favor da medida. No entanto, até o momento, a única exigência para entrar no Brasil é a apresentação de um teste negativo para Covid-19.

Ontem (6), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deu um prazo de 48h para o governo federal explicar quais medidas estão sendo tomadas nos aeroportos para impedir a chegada de novas variantes do coronavírus, além de explicar o motivo pelo qual a recomendação da Anvisa sobre o passaporte da vacina não ter sido adotada.

Rodrigo Vinagre

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