O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi enfático nesta terça-feira (07) durante seu discurso na Avenida Paulista, em São Paulo, ao afirmar que não irá mais cumprir as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quero dizer a vocês que qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes esse presidente não mais cumprirá. Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas turve a nossa liberdade”, disse o presidente aos seus cerca de 150 mil apoiadores, segundo a Polícia Militar (PM), que estiveram no local.
Essa foi a primeira vez que Bolsonaro citou nominalmente o ministro. Antes disso, ele somente fazia alusões, mas sem citar, de fato, Alexandre de Moraes. Desta vez ele foi mais afrontoso e, além de xingar o membro do STF, disse que ele ainda tem a oportunidade de se redimir e arquivar seus inquéritos.
“Esse ministro tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha. Deixa de oprimir o povo brasileiro, deixe de censurar”, completou presidente.
Atualmente, Alexandre de Moraes é responsável pelo inquérito que investiga o financiamento e organização de atos contra as instituições e a democracia. O ministro, inclusive, já determinou prisões de aliados do presidente e de militantes bolsonaristas.
No mês passado, Bolsonaro disse que não iria mais tocar no assunto lisura do processo eleitoral, dando a entender que teria aceitado a decisão da Câmara dos Deputados, que arquivou o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que traria de volta o voto impresso.
Todavia, nesta terça (07), o presidente voltou a afirmar que não confia no sistema eleitoral brasileiro. “A paciência do nosso povo já se esgotou. Nós acreditamos e queremos a democracia. A alma da democracia é o voto. Não podemos admitir um sistema eleitoral que não fornece qualquer segurança”, começou Bolsonaro.
“Nós queremos eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública dos votos. Não podemos ter eleições onde pairem dúvidas sobre os eleitores. Não posso participar de uma farsa como essa patrocinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, acrescentou.
De acordo com o presidente, ele não vai aceitar que pessoas como Alexandre de Moraes continue a “açoitar” a democracia e desrespeitar a Constituição. “Ele teve todas as oportunidades de agir com respeito a todos nós, mas não agiu dessa maneira como continua a não agir”, disse Bolsonaro.
Por fim, ainda durante seu discurso na avenida Paulista, Bolsonaro, que hoje é alvo de cinco inquéritos no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral, disse que não vai ser preso. “Preso, morto ou com vitória. Dizer aos canalhas, que eu nunca serei preso. A minha vida pertence, mas a vitória é de todos nós. Muito obrigado a todos. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, encerrou o chefe do Executivo.
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