Nesta quarta-feira, 5, o Governo da Itália decretou a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em adultos com mais de 50 anos de idade. A medida tem o propósito de amenizar a tensão causada pelo avanço no número de óbitos causados pelo vírus no país.
A norma ficará vigente entre o período de 15 de fevereiro a 15 de junho. Assim, quem desrespeitar as diretrizes poderá receber multas de 600 a 1.500 euros, o equivalente a R$ 3.800 e R$ 9.700, respectivamente.
Em justificativa à iniciativa, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, declarou que o país tem o desejo de “frear a curva de contágio e animar os italianos que ainda não tenham se vacinado”. É importante mencionar que o decreto também estabelece que entre o início de fevereiro e o final de março, somente os cidadãos que possuírem o certificado de vacinação ou infecção recente serão autorizados a entrar em repartições públicas, bancos, correios e cabeleireiros.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a Itália possui 59 milhões de habitantes. Deste total, 28 milhões já estão na casa dos 50 anos ou mais. E do total populacional, 74,3%, o equivalente a 44 milhões, já tomaram as duas primeiras doses da vacina contra a Covid-19.
Até o momento, o país já registrou 138 mil óbitos por Covid-19 desde o primeiro surto da doença em fevereiro de 2020. A Itália reuniu o segundo maior número de mortes causadas pela doença em toda a Europa, ficando atrás somente da Grã-Bretanha, que chegou a 149 mil mortes.
O território italiano foi afetado tardiamente pela variante ômicron, se comparado aos às demais localidades do continente europeu. Ainda assim, o volume de casos teve um aumento significativo nas últimas semanas, pressionando a crescente demanda sobre os serviços de saúde no país. A média registrada é de mais de 150 mortes diárias nas duas últimas semanas.
Somente na última quarta-feira, 5, foram registradas 231 mortes e 189.109 novos casos positivos para Covid-19, números que se consolidaram como os maiores no país desde o início da pandemia. Vale mencionar que antes mesmo da publicação do decreto nesta semana, o governo do primeiro-ministro Draghi, já havia declarado a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19.
Mas até então, esta exigência era direcionada somente aos professores e profissionais de saúde. Por esta razão, desde o mês de outubro de 2021, todos os servidores públicos precisaram ser imunizados ou apresentar o teste negativo para o vírus antes de entrar no local de trabalho. A recusa quanto à vacinação contra a Covid-19 reflete na suspensão do trabalho sem remuneração, mas não pode acarretar em demissão.
Sendo assim, do dia 10 de janeiro, próxima segunda-feira, em diante, o comprovante de vacinação será solicitado para permitir a entrada em vários estabelecimentos na Itália, como:
- Meios de transporte;
- Hotéis;
- Áreas externas de restaurantes;
- Feiras;
- Congressos;
- Piscinas;
- Pavilhões desportivos;