Bolsa: Entenda os motivos por trás das quedas em agosto

Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão desta quinta-feira (17) em queda de 0,53%, aos 114.982,30 pontos. É a 13ª queda consecutiva. No mês, a queda é de 5,71%. No ano, porém, a Bolsa continua em alta, de 4,78%.

Já o dólar comercial encerrou ficou estável e caiu 0,1%, encerrando o dia cotado a R$ 4,981.

Bolsa volta a performar mal

A B3 confirmou oficialmente o recorde, dizendo que esta foi “a primeira vez que atingimos 13 quedas consecutivas”. Segundo a base de dados da própria instituição, a maior marca histórica recente se igualou ontem ao registro de 12 desvalorizações seguidas em 1970.

Os dados mantidos por consultorias apontaram ainda a pior sequência seguinte, de fevereiro de 1984, quando a Bolsa caiu por 11 pregões.

A sequência de quedas vem após o Ibovespa acumular alta de quase 20% em quatro meses até o final de julho. No mês passado, o Ibovespa chegou a tocar 123 mil pontos. A série de desvalorização também segue a saída de estrangeiros da B3, com as vendas superando as compras em quase R$ 7,4 bilhões no mês até o dia 14.

Cenário interno

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou mais cedo que o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) registrou queda de 0,13% em agosto, após recuar 1,10% no mês anterior, com a deflação perdendo força diante da retomada da pressão dos preços de algumas commodities.

Sobre o fim do parcelamento sem juros do cartão de crédito, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou que não propôs acabar com o programa, mas criar “desincentivos” para o crescimento da modalidade mais longa. Ele afirmou não ter visto o projeto final do Congresso sobre o tema.

Impacto do cenário externo na Bolsa

O Banco do Povo da China afirmou que “alavancará melhor as funções duplas das ferramentas agregadas e estruturais de política monetária e apoiará firmemente a recuperação e o desenvolvimento da economia real”. A indicação do banco central chinês surge após o país apresentar, nos últimos dias, uma série de dados econômicos considerados fracos, pressionando as moedas de países exportadores de commodities, como o real.

Nos Estados Unidos, dados mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego na última semana atingiram 239 mil, quase em linha com os 240 mil projetados por economistas. O resultado não alterou em um primeiro momento o rumo dos ativos, embora os investidores sigam atentos a todos os indicadores norte-americanos, em busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.

João Belarmindo

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