Biden autoriza envio de militares ao Afeganistão

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, autorizou, nesta segunda-feira (16), o envio de outros mil soldados ao Afeganistão, que vem sofrendo após o Talibã ter tomado quase todo o país. Agora, serão sete mil militares americanos no país asiático.

De acordo com a agência “France Presse”, o anúncio foi realizado por John Kirby, porta-voz do Pentágono. Segundo o membro do governo americano, esses soldados adicionais serão deslocados do Kuwait ao Afeganistão.

Conforme Kirby, as forças americanas serão encaminhadas para Cabul, capital do estado, a fim de “restabelecer a segurança” na região. Hoje, de acordo com o porta-voz, há 2.500 militares americanos no aeroporto e outros 500 chegarão nas próximas horas ao país.

“Prevemos que nas próximas horas seremos capazes de restaurar as operações aéreas no aeroporto”, afirmou Kirby, que ainda afirmou que as autoridades americanas não querem que mais ninguém seja ferido por conta do caos no aeroporto.

Conforme publicou o Brasil123 nesta segunda (16), centenas de pessoas tentaram fugir do Afeganistão. Alguns chegaram a se pendurar nas aeronaves para embarcar. Vídeos que circulam pelas redes sociais, inclusive, mostram duas pessoas caindo enquanto o avião já estava no ar.

Em outro momento, segundo a agência, Kirby disse que aconteceu dois incidentes no aeroporto, sem detalhes os episódios, em que as forças americanas precisaram abrir fogo por conta de “ameaças hostis”. Na ocasião, duas pessoas acabaram morrendo.

Conversa com membros do Talibã

Por fim, a “France Press” informou que Kenneth McKenzie, chefe do Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos conversou com líderes do Talibã em Doha, no Catar, nesta segunda (16), com o intuito de discutir a situação no Afeganistão.

De acordo com a agência, durante as conversas, temas como operações no país e a forma de diminuir a situação de conflito estiveram em foco. Conforme Kirby, o general afirmou que “foi muito claro e firme” nas conversas com os líderes talibãs, alertando que, em caso de ataque aos americanos, o grupo extremista “seria recebido com uma resposta muito rápida e forte”.

Leia também: Conflito no Afeganistão reascende críticas contra Joe Biden