Spencer Elden, hoje com 30 anos de idade, é mais conhecido por ser o bebê da capa do disco ‘Nevermind’, um dos maiores sucessos da banda Nirvana. Na foto, Spencer está pelado em uma piscina enquanto tenta alcançar notas de dinheiro à sua volta.
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A imagem, que hoje é icônica, teria gerado tanto desconforto para o homem que ele entrou, na última terça-feira (24), com um processo contra o grupo indie. De acordo com o site The Guardian, a ação corre na Califórnia, nos EUA, e conta com 15 reús, incluindo os membros da banda como Dave Grohl, Krist Novoselic, a viúva de Kurt Cobain – Courtney Love – e a gravadora Geffen Records, que produziu e distribui o álbum desde 1991.
Os advogados de Spencer pedem uma indenização de US$150 mil, ou seja, mais de R$757 mil, por exploração sexual infantil. Eles afirmam que a imagem faz com que Elden seja relacionado à um “trabalhador do sexo, ao se agarrar em uma nota de um dólar”.
Spencer ainda afirma que sua imagem, como um bebê de quatro meses de idade e nu, foi usado em conteúdo pornográfico infantil na internet. E, portanto, ele sofre com danos permanentes, incluindo “sofrimento emocional extremo”.
O processo também cita que Elden nunca foi pago para aparecer na capa e que seus pais não assinaram um termo de autorização de imagem. Reportagens anteriores, no entanto, alegam que os pais do jovem receberam U$250 pela sessão de fotos.
Elden recriou a foto diversas vezes ao longo dos anos
O jovem de 30 anos processa a banda Nirvana e a gravadora Geffen Records, mas recriou a foto da piscina, diversas vezes, ao longo dos anos. A primeira vez foi em 2001, então com 10 anos, quando mergulhou em uma piscina, de calção, atrás de uma nota de dólar para a revista Rolling Stone.
Em 2008, então com 17 anos, voltou a posar para a mesma foto para o site da MTV americana e chegou a brincar sobre a situação: “É estranho pensar que tanta gente já me viu pelado – me sinto como a maior estrela pornô do mundo”.
Por fim, em 2016, Elden recriou a foto para o aniversário de 25 anos do álbum para o jornal The New York Post e, na ocasião, afirmou que já havia tentando processar a gravadora, mas sem sucesso: “É difícil não ficar chateado quando todo mundo envolvido no álbum têm tanto dinheiro. Quando eu vou em um jogo, eu penso: ‘Cara, a maioria das pessoas aqui já viram meu pênis’. E eu sinto que não tive meus direitos humanos básicos”.
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