Banco Central eleva taxa básica de juros para maior nível em dois anos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa Selic de 5,25% para 6,25% ao ano na reunião que aconteceu nesta quarta-feira (22). Essa é a quinta alta seguida da taxa básica de juros do Brasil. E o principal objetivo desses aumentos recorrentes é segurar os avanços da inflação no país.

A saber, os economistas já esperavam pela elevação de 1,0 ponto percentual (p.p.) na reunião, ainda mais com a inflação do país cada vez maior. Aliás, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é considerado a inflação oficial do Brasil.

Vale destacar que analistas de mais de cem instituições financeiras, ouvidos pelo Banco Central, acreditam que haverá mais elevações da Selic no decorrer do ano. A propósito, a estimativa é que a taxa chegue a 8,25% ao ano. Caso isso ocorra, o Copom ainda elevará ainda mais a Selic no ano.

Veja como a alta da Selic impacta a sua vida

Em resumo, a taxa Selic caiu para 2,0% no ano passado por causa da pandemia da Covid-19, menor taxa já registrada. No entanto, o comitê elevou a taxa pela primeira vez em março deste ano após quase seis anos sem aumentos. E, para conter o avanço da inflação, a taxa Selic continuou subindo nos meses seguintes. Assim, chegou a 6,5%, maior nível desde julho de 2019.

E tudo isso impacta a vida do consumidor no Brasil, pois o principal objetivo do Copom é segurar a inflação do país. E a Selic é o principal instrumento do BC para conter a alta dos preços. Em suma, quanto mais alta a taxa Selic, maiores os juros praticados no país. Dessa forma, o poder de compra do consumidor é reduzido e, consequentemente, desaquece a economia, limitando o avanço da chamada “inflação por demanda”.

Esse aumento dos juros atinge diversos setores, como o bancário e o imobiliário, por exemplo. Assim, as pessoas tendem a comprar menos, pois o crédito fica menos acessível. Além disso, o aumento da Selic também beneficia aplicações em renda fixa, que tendem a render um pouco mais.

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