Nesta quarta-feira (16), o médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Gonzalo Vecina Neto, disse que a subvariante BA.2, da Ômicron, “traz preocupação”. Por outro lado, a cepa Deltacron, uma fusão da Delta com a Ômicron, “está longe de ser uma variante de preocupação”.
No caso da subvariante BA.2, em entrevista ao portal UOL, Vecina afirmou que “ela está sendo chamada de variante ‘furtiva’ porque pode fugir de como você faz a identificação do vírus através do teste RT-PCR. Ela pode passar despercebida. Essa variante é mais infectante do que a BA.1 e traz preocupação”.
Apesar do alto nível de transmissibilidade, segundo o ex-presidente da Anvisa, a subvariante BA.1 pode ser combatida com o avanço da vacinação contra Covid-19 no Brasil. O médico sanitarista também acredita que ainda é cedo para desobrigar o uso de máscaras em locais fechados. Apesar na queda no número de casos, Vecina defende que não é momento de “liberar geral”.
“Com a vacina você não terá a doença da forma grave e terá uma probabilidade muito menor de morte. Nós temos que aumentar a cobertura vacinal rapidamente e manter algumas medidas, como por exemplo o uso de máscaras, principalmente em lugares fechados”.
Alguns estados, como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, já flexibilizaram o uso de máscaras. No caso da cidade do Rio de Janeiro e no Distrito Federal, o uso do equipamento de proteção não é mais obrigatório até mesmo em ambientes fechados.
A subvariante BA.2, até o momento, foi identificada em ao menos quatro estados: Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as principais subvariantes da Ômicron que circularam em fevereiro no Brasil foram as seguintes: BA.1 (78,2%), BA.1.1 (21,2%) e BA.2 (0,4%).