Auxílio Brasil de R$ 600 não vale tanto quanto Auxílio Emergencial

O início do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 está cada vez mais perto. A saber, o valor turbinado do benefício começará a cair na conta dos beneficiários a partir do dia 9 de agosto. Isso quer dizer que as pessoas de renda mais baixa do país terão acesso ao valor em menos de duas semanas.

Embora o aumento seja bastante positivo para quem vive em situação de vulnerabilidade social, o valor já se mostra defasado antes mesmo de começar a ser pago. Pelo menos é o que indica o novo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em resumo, o valor de R$ 600 não dá o mesmo poder de compra que o Auxílio Emergencial dava ao consumidor.

Em 2020, o governo federal liberou o Auxílio Emergencial para milhões de pessoas. As parcelas de R$ 600 foram pagas durante alguns meses daquele ano, ajudando muitas famílias que viram sua renda diminuir significativamente por causa da crise sanitária.

Contudo, ao levar em consideração a inflação atual do Brasil, o mesmo valor de R$ 600 do Auxílio Brasil não tem o mesmo poder de compra que dois anos atrás. A saber, a inflação anual para as famílias de renda mais baixa chegou a 11,92% em junho. Em outras palavras, a população mais pobre vem sofrendo com um custo de vida que não para de subir no país.

AUXÍLIO BRASIL de R$ 600 em 2023 é possível?

Auxílio Brasil deveria pagar R$ 732 em agosto

De acordo com o economista Matheus Peçanha, responsável pelo levantamento, o valor do Auxílio Brasil em agosto deveria ser de R$ 732. Em suma, esse valor leva em consideração a inflação atual no país, que corrói a renda do brasileiro e reduz o consumo.

As pessoas que compravam itens com o valor do Auxílio Emergencial em 2020 precisariam ganhar R$ 732 em agosto para continuar com o mesmo nível de consumo. O resultado desse cenário é a perda gradativa do poder de compra do real.

Apesar de estar defasado, o Auxílio Brasil turbinado é melhor que o benefício de R$ 400. A expectativa é que a inflação perca força no país nos próximos meses. Com isso, a defasagem do valor do benefício talvez não fique tão expressiva como atualmente.

Leia também: Inflação da construção desacelera em julho, aponta FGV

Ruan Samarone

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  • Se não vale, dá para mim que já faz uma grande diferença. Brasileiro não gosta de trabalhar, de viver só de benefício e reclamar. O nove dedos larápio nunca deu isso! Vão trabalhar, seus preguiçosos!

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