Atividade industrial cresce em outubro, mas desacelera o ritmo, diz CNI

A atividade industrial do país cresceu em outubro, mas apresentou desaceleração no ritmo em relação a setembro. É o que aponta o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta segunda-feira, dia 7. Em suma, a indústria de transformação conseguiu retornar ao nível anterior à pandemia da Covid-19 de uma forma geral. Ou seja, a redução no nível do crescimento já era aguardada, segundo a CNI.

Além disso, também houve um aumento das horas trabalhadas em outubro, com alta de 1,7%. Este valor superou o registrado em fevereiro deste ano e é o maior índice de 2020. Ao mesmo tempo, o índice de utilização da capacidade instalada (UCI) também atingiu recorde no mês ao subir 0,9 ponto percentual. Com isso, atingiu o nível de 80,3% em outubro. Já o faturamento real cresceu 2,2% no período, chegando ao sexto mês seguido de alta.

 

Atividade industrial cai no final do ano

Em resumo, o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, afirma que a produção industrial geralmente é mais fraca no final do ano em relação aos meses anteriores. E isso ocorre porque há uma alta demanda justamente nestes meses que antecedem o final de ano para atender as vendas do período. “No entanto, em 2020, parte da indústria manterá a produção mais elevada pela necessidade de recompor estoques, que ainda estão baixos, e de entregar pedidos atrasados de meses anteriores, adiados pelas dificuldades do mercado de insumos”, explicou.

 

Emprego também sobe em outubro

De acordo com a CNI, o emprego também subiu em outubro, mas o avanço foi pequeno, de 0,3%. Vale ressaltar que o emprego ainda não recuperou as perdas provocadas pela pandemia da Covid-19. Aliás, o índice está 1,2% abaixo do nível registrado em fevereiro. Da mesma forma, a massa salarial está abaixo do índice de fevereiro (-3,4%). A saber, o índice apresentou estabilidade em outubro.

 

Por fim, o rendimento médio real emendou a segunda queda seguida, caindo 0,2%. Em outras palavras, a CNI diz que os acordos emergenciais, responsáveis pela redução de salários, continuam afetando tanto a massa salarial quanto o rendimento médio real.

 

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Ruan Samarone

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